A Cruz Vermelha Internacional assinou um acordo com uma organização meteorológica, na perspectiva de ajudar a prever e responder de uma forma mais atempada aos desastres provocados pelas mudanças climáticas.
O pacto de cooperação foi assinado, na segunda-feira, em Dakar, irá dar à Cruz Vermelha Internacional acesso às previsões do tempo e aos dados gerados pelo Centro Africano para a Aplicação Meteorológica no Desenvolvimento.
O acordo irá autorizar a cooperação entre organizações com especialidades e conhecimentos complementares, disse o director daquele centro, Alhassane Diallo.
O meteorologista Diallo afirma que as mudanças climáticas têm a probabilidade de acontecer de uma forma mais rápida, nos próximos anos. Diz ele estar seguro de que África será cada vez mais afectada e que os africanos podem esperar um agravamento e uma mais frequência de secas e de cheias.
Aquelas duas organizações afirmam que a parceria é encorajadora porque, em cooperação, podem prever problemas e ajudar a aliviá-los. Diallo qualificou aquele esforço – e citamos – como "um trabalho pioneiro".
A Cruz Vermelha tenciona usar os dados recolhidos para prever e melhor responder aos desastres naturais do Planeta devido às mudanças climáticas, afirma, por seu lado, o coordenador para a resposta regional aos desastres, Youcef Ait-Challouche.
Challouche afirma que África já assistiu a um aumento de desastres causados pelas mudanças climáticas. Diz ele que cheias, secas e epidemias estão a aumentar no continente africano, havendo necessidade para uma melhor prevenção, o que está por detrás desta coordenação com os meteorologistas.
As consequências das mudanças climáticas para os africanos irão continuar fora do controlo, afirma Chalouche, que apontou para a futura alteração dos tradicionais padrões dos calendários de plantio e das consequentes movimentações das populações como questões imediatas causadas pelas alterações do clima no continente.
Challouche enfatizou que os dados estatísticos fornecidos pelos meteorologistas irão permitir à Cruz Vermelha planificar as suas actividades com base nas probabilidades, em vez das possibilidades.
Os planos daquela organização de pôr em prática programas de segurança alimentar, onde houver indicações que sugiram vulnerabilidade relativamente a desastres futuros causados pela natureza.
A Cruz Vermelha e a comunidade internacional estão interessadas em ajudar os africanos a fazer frente às mudanças climáticas. Enquanto a África terá produzido apenas perto de dois por cento das emissões de dióxido de carbono, que provocam o aquecimento global, os peritos dizem que o continente africano irá ter que sofrer um impacto desproporcional de desastres causados por essas alterações no clima.