As Últimas de Washington

Convulsão política em Madagáscar

O presidente do Madagáscar, Marc Ravolamanana demitiu-se do cargo, transferindo o poder, para os militares, abrindo caminho para o líder da oposição, Andry Rajoelina assumir o cargo e por termo a luta pelo poder.

Funcionários governamentais e diplomatas daquele país no Indico disseram que o presidente assinara um decreto presidencial, anunciando a sua decisão.

A presidência de Marc Ravolamanana foi nas últimas semanas alvo de uma série de manifestações de protesto, lideradas pelo líder da oposição, Andry Rajoelina que acusara o presidente de se ter transformado num ditador e exigido a sua demissão.

No entanto, o chefe do estado-maior do exército afirmara aos jornalistas que os militares objectavam ao plano.

Tropas amotinadas tinham anteriormente assumido o controlo do palácio presidencial na capital Antananarivo e segundo testemunhas, apoiado por apoiantes seus e por militares amotinados, o líder da oposição Rajoelina chegou a ocupar temporariamente o palácio presidencial.

Os Estados Unidos avisaram que podem cortar a assistência a Madagáscar devido à convulsão política naquela nação do Indico.

Capacete azul foi morto na região de Darfur

Um capacete azul foi morto na região de Darfur, num acto que as forças conjuntas das Nações Unidas e União Africana consideraram de emboscada.

O porta-voz da missão Kemal Saiki disse que um grupo de capacetes azuis regressava de patrulha quando foi atacado por oito homens armados perto de Nyala, a capital do Darfur do Sul.

Há uma semana 4 soldados tinham sido feridos num outro ataque contra as forças de manutenção da paz no Oeste do Darfur.

As tensões têm vindo a aumentar desde o inicio deste mês quando o Tribunal Penal Internacional decretou um mandado de captura do presidente sudanês Omar al-Bashir, acusando-o de crimes de guerra.

Liga Árabe rejeita pedido do TPI

A Liga Árabe rejeitou um pedido formal do Tribunal Penal Internacional, no sentido da detenção do líder sudanês Omar Al Bashir, quando este se deslocar ao Catar para participar na próxima cimeira daquela organização agendada para finais deste mes.

Numa declaração tornada publica, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa disse que tanto aquela organização como o Catar, país anfitrião da cimeira, tinha recebido e rejeitado o pedido do tribunal internacional.

O Sudão anunciou que o seu presidente Omar al Bashir estará presente na cimeira, num claro desafio do mandato de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional.

Os juízes daquele tribunal internacional emitiram o mandado no inicio do mês de Marco, acusando o líder sudanês de responsabilidades em sete crimes de guerra e contra a humanidade.

Omar al Bashir é por conseguinte acusado de ter organizado a campanha de violação sexual, de assassinato e outros crimes, contra civis indefesos durante o conflito na região sudanesa de Darfur, onde os rebeldes combatem desde 2003, as forças governamentais de Cartum.

China preocupada com tensão militar na península coreana

O governo chinês manifestou-se preocupado com a tensão militar na península coreana, isto numa altura que presidente norte coreano encontra-se de visita a Pequim.

Pequim manifestou-se preocupado com o facto da situação na península coreana, ser nas suas palavras preocupante e com uma serie de outros factores de natureza incerta.

O ministro dos negócios estrangeiros chinês proferiu estas declarações, a chegada hoje a Pequim do líder norte coreano, Kim Yong Ill para uma visita de cinco dias.

Aquele governante chinês respondia assim a uma questão colocada pelos jornalistas, acerca da posição da China face a anunciada controversa decisão de Pyongyang, de lançar em Abril próximo, um novo satélite.

O Japão e os outros países da região suspeitam que por detrás das intenções de Pyongyang estejam propósitos meramente militares e Pequim tem evitado pronunciar-se sobre questão.

A China e a Coreia do Norte são aliados próximos e Pequim é por sinal o principal parceiro comercial de Pyongyang.

Rússia vai modernizar forças armadas

O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou a intenção da Rússia em se rearmar em larga escala, para fazer face ao terrorismo e aos esforços de expansão da NATO, na fronteira russa.

Os órgãos de imprensa russos citam o presidente como tendo definido o ano 2011, como o ano em que a Rússia ira se concentrar por inteiro, na modernização das suas forças nucleares estratégicas.

Ainda segundo Medvedev, a Rússia tem recursos para reforçar a sua capacidade militar, isto apesar da crise financeira mundial.

Moscovo não encarou com bons olhos, os esforços da administração do presidente George W Bush em angariar novos membros, nomeadamente a Ucrânia e a Geórgia, aposta que considerou de uma ameaça a sua segurança nacional.

A Rússia interpreta o plano de defesa antimísseis dos Estados Unidos, a ser instalado na Polónia e a República Checa, como igualmente uma ameaça a sua segurança.

As afirmações do presidente Demitri Medvedev acontecem precisamente numa altura em que se assiste a melhoria das relações entre Moscovo e Washington.

Irão e a tecnologia nuclear

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown reiterou a disponibilidade da comunidade internacional no apoio ao Irão no desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins pacíficos.

Brown disse por outro lado, e no âmbito de uma conferência internacional, que o programa nuclear iraniano tinha-se tornado numa ameaça global pelo facto de Teerão recusar por cobro ao seu programa de enriquecimento de urânio.

O líder britânico defendeu que o mundo deve tentar encontrar vias para ajudar os estados desnuclearizados a resolverem os seus problemas energéticos e a reduzirem a sua dependência dos combustíveis fosseis.

Os Estados Unidos, Grã-Bretanha e uma série de outros países ocidentais, têm vindo a se opor ao programa nuclear iraniano, que suspeitam ter fins meramente militares, nomeadamente armas nucleares.

Teerão entretanto insiste que as suas ambições nucleares são pacíficas.

A Agencia Internacional para a Energia Atómica revelou em Fevereiro ultimo que o Irão tinha conseguido e com sucesso enriquecer uma dada quantidade de urânio, de acordo com analistas, o suficiente para a concepção de uma ogiva atómica.