Bissau: Presidenciais Não São Possíveis em 60 Dias

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, defendeu, em entrevista à "Voz da América", a necessidade do alargamento do prazo de 60 dias previstos para as eleições presidenciais, assim como de um acerto constitucional que permita reforçar os poderes do presidente da República interino.

O chefe do executivo guineense considera o prazo de 60 dias como muito reduzido para que o seu governo possa criar as condições para a realização das eleições.

Carlos Gomes Júnior defende, igualmente, o reforço dos poderes do presidente da República interino, no tocante à promulgação de leis.

Carlos Gomes Júnior reagiu também à decisão da União Africana, anunciada ontem pelo seu presidente Mouhamar Kadafi, de visita a Bissau, de investigar o assassínio do presidente Nino Vieira.

Segundo o primeiro-ministro guineense, o seu país já criou uma comissão nacional para a investigação do assassinato do Presidente da República, João Bernardo Nino Vieira e do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Baptista Tagma Na Waie, mas está aberto a apoios internacionais, sejam eles da União Africana ou das Nações Unidas.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, confirmou a disponibilidade das autoridades do seu país em colaborar com os parceiros externos para apurar as responsabilidades nos assassínios do presidente da República, Nino Vieira e do general Baptista Tagma Na .

Ainda no rescaldo das investigações dos dois assassinatos, uma equipa do FBI já se encontra em Bissau. Fonte do ministério da Defesa guineense disse à "Voz da América" que os inspectores do FBI procuram provar se houve, ou não, envolvimento dos cartéis da droga na morte dos dois responsáveis do país.