O Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, ameaçou expulsar diplomatas, forças de manutenção de paz e outras agências no prosseguimento do seu desafio aos críticos e à decisão do Tribunal Criminal Internacional.
O governante sudanês falava durante a sua primeira visita a Darfur, no domingo, desde que o Tribunal Internacional emitiu o seu mandato de captura contra o líder sudanês por alegados crimes de guerra na região.
Milhares de apoiantes ovacionaram al-Bashir num comício em El-Fasher, capital do estado do Darfur do Norte. Muitos na multidão empunhavam letreiros e cantavam slogans denunciando o Procurador-chefe do Tribunal Criminal Internacional, Luís Moreno-Ocampo.
Desde a passada quinta-feira, o Sudão ordenou o encerramento de treze agências estrangeiras de ajuda quando aquela suprema instancia judicial emitiu o mandato de detenção contra o presidente sudanês. As autoridades sudanesas acusam os grupos de ajuda de estarem em conluio com o Tribunal Judicial Internacional, alegação que os grupos rejeitam.
Entretanto, responsáveis das Nações Unidas no Sudão pediram ao governo sudanês que reconsidere a sua decisão, afirmando que as expulsões resultariam no abandono de milhões de pessoas, deixando-as sem alimentação adequada, água potável, ou cuidados médicos.