O Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, acolheu bem o governo de unidade nacional, recentemente empossado no Zimbabué, afirmando que as Nações Unidas estão dispostas a ajudar o país a enfrentar os grandes desafios que afligem o seu povo.
"(Mas) dito isto, continuo preocupado com as noticias de detenções de activistas da oposição e advogados dos direitos humanos. Espero que todos os prisioneiros sejam libertados dentro em breve."
O acordo de partilhar de poder assinado o ano passado criou o governo de unidade nacional, tendo o líder oposicionista de longa data, Morgan Tsvangirai, assumido o cargo de Primeiro- Ministro, enquanto o Presidente Robert Mugabe continua na sua função de chefe de estado.
No âmbito do acordo, todos os prisioneiros políticos deveriam ser libertados. Mas cerca de 30 activistas dos direitos humanos e apoiantes de Tsvangirai, continuam sob detenção, alguns dos quais desde há meses, e sem culpa formada, sem acesso a advogados de defesa e sem assistência medica.
O Secretário-geral das Nações Unidas disse que uma equipa da ONU se encontra presentemente no Zimbabué para avaliar as necessidades do país.
"A comunidade internacional, chefiada pelas Nações Unidas, está disposta a prestar assistência humanitária, todo o apoio médico e sanitário necessário ao povo zimbabueano. Mas todas estas iniciativas poderiam prosseguir e mais ajuda da comunidade internacional poderia ser angariada, se pudéssemos esperar progresso no que respeita à reconciliação nacional."
O Chefe das Nações Unidas reuniu-se com o Presidente sul-africano, Kgalema Motlanthe, que afirmou que os lideres zimbabueanos lhe prometeram que a libertação dos prisioneiros figurava no topo da sua agenda.
Ban Ki-Moon desloca-se quinta-feira à Republica Democrática do Congo e Ruanda onde as Nações Unidas estão envolvidas em tentativas para reduzir as tensões fronteiriças entre os dois países e aliviar a situação de milhões ruandeses fugidos das suas casas devido a recente vaga de violência.
Ban Ki-Moon elogiou a redução das tensões entre os dois governos que resultou na diminuição do nível das hostilidades na região do Kivu, conduzindo a uma ofensiva militar conjunta destinada a repelir as antigas milícias ruandesas que ainda operavam na província oriental congolesa.