As Últimas de Washington

China e África

O presidente da República Popular da China, Hu Jintao, encontra-se nas Ilhas Maurícias, ultima etapa da sua digressão por quatro países africanos.

Num discurso proferido anteriormente na capital da Tanzânia, Dar-es-Salam, Hu Jintao falou do impacto da crise financeira mundial nos países em vias de desenvolvimento, tendo apelado aos países ricos para continuarem as suas “responsabilidades e obrigações” para com os países pobres.

Hu Jintao disse que a China apoiara activamente os países africanos a construírem as suas economias e a melhorar a vida dos seus cidadãos.

Antes das Maurícias, o presidente chinês visitou o Senegal, Mali e Tanzânia.

Holbrooke conclui visita

O enviado especial Americano, Richard Holbrooke, disse que a Índia, os Estados Unidos e o Paquistão, enfrentam, nas suas palavras, uma ameaça comum por parte dos militantes islamistas.

O diplomata americano disse aos jornalistas em Nova Delhi, que os três países enfrentam, tal como afirmou, uma ameaça directa a sua liderança, aos seus recursos e aos seus povos.

Holbrooke fez aquela declaração depois de se reunir com o Ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, em Nova Delhi.

A Índia é a última etapa de Richard Holbrooke na sua primeira digressão a Ásia do Sul, depois de ter sido designado o mês passado pelo Presidente Barack para seu enviado especial ao Afeganistão e ao Paquistão.

Apesar de a Índia não abranger as áreas da sua competência, todavia, Holbrooke fez escala em Nova Delhi a fim de discutir com as autoridades indianas problemas da segurança regional, assim como a permanente situação da tensão entre a Índia e o Paquistão, no rescaldo dos ataques terroristas a Bombaim em Novembro passado.

Zimbabue

O partido do novo primeiro-ministro do Zimbabue apelou para a libertação imediata de Roy Bennett, um dos seus mais destacados dirigentes, o qual foi acusado de terrorismo, de insurreição e de banditismo.

O porta-voz do Movimento para a Mudança Democrática, Nelson Chamisa, disse á VOA que as acusações de que é alvo, têm motivação política e que o novo governo de partilha de poder do Zimbabwe deveria garantir a libertação de Bennett.

Cerca de cem apoiantes de Bennett esperaram á porta do tribunal de Mutare, a Leste de Harare, onde deveria comparecer perante um juiz. No local, era forte a presença policial.

O líder do MDC, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, também lançou um apelo para a libertação de Bennett, que fora preso na sexta-feira, pouco antes do novo governo de unidade ter tomado posse.

O MDC designou Bennett para vice-ministro da Agricultura no novo governo.

Bennett é um antigo agricultor branco cuja propriedade foi expropriada ao abrigo da reforma agrária do presidente Robert Mugabe.

Ao largo das Canárias

Autoridades espanholas informaram que pelo menos 19 pessoas morreram afogadas ao largo das Ilhas Canárias, depois de se ter virado um barco com imigrantes ilegais do Norte de África.

As autoridades acrescentaram terem resgatado seis sobreviventes perto da ilha de Lanzarote e que foi lançada uma operação de busca e salvamento a alguns outros que ainda se encontram desaparecidos.

O arquipélago espanhol das Canárias, localizado ao largo de Marrocos, tem sido um íman nos últimos anos para africanos que procuram alcançar a Europa. Alguns deles conseguiram o seu objectivo, muitos outros morreram durante viagens em embarcações frágeis e superlotadas e vários foram apanhados pelas autoridades e enviados de volta para os seus países de origem.

ONU investiga violência no Quénia

Um investigador da ONU chegou ao Quénia para iniciar um inquérito sobre os actos de violência e à alegada brutalidade do governo na sequência das eleições presidenciais de 2007.

Durante uma deslocação iniciada esta segunda-feira, o enviado especial da ONU, Philip Alston, tenciona ouvir representantes do governo e com parlamentares. Irá igualmente inquirir testemunhas oculares dos assassinatos, antes de apresentar o seu relatório ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Recorda-se que motins e violência étnica irromperam no Quénia, em Janeiro de 2008, depois das controversas eleições presidenciais disputadas entre o presidente Mwai Kibaki e o líder da oposição, Raila Odinga.