O vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden disse que o Irão tem que abandonar o seu programa nuclear acrescentando que devido à ameaça iraniana os Estados Unidos vão continuar a desenvolver o seu controverso sistema de defesa anti-míssil.
Biden disse que os Estados Unidos estão dispostos a manter um diálogo com o Irão mas este país tem que abandonar "o seu programa nuclear ilegal e o seu apoio ao terrorismo".
Falando numa conferência sobre segurança em Munique, na Alemanha, o vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden deu a conhecer as prioridades em política externa do novo governo americano.
Biden disse que o governo do presidente Barack Obama vai dar prioridade à diplomacia, democracia e desenvolvimento sobre o uso da força militar. Mas Biden avisou que Washington não hesitará em defender os seus interesses pela força se isso for necessário.
O vice-presidente americano disse que como os Estados Unidos estão a fazer uma revisão da sua política externa, Washington vai pedir o mesmo aos seus aliados. Joe Biden disse esperar que os membros da NATO aumentem os seus compromissos no Afeganistão.
O discurso de Biden foi o primeiro discurso sobre política externa de um destacado membro da administração Obama e o primeiro discurso feito no estrangeiro.
Biden disse ter chegado a altura dos Estados Unidos repararem as suas relações com a Rússia que segundo disse têm estado "perigosamente à deriva". O vice-presidente disse que embora os dois países possam discordar em algumas coisas, podem cooperar nas áreas onde os seus interesses coincidem.
Joe Biden disse que os Estados Unidos vão continuar a desenvolver um sistema de defesa anti-míssil para fazer face "a uma crescente capacidade iraniana" mas disse que isso será feito em consultas com a NATO e com a Rússia.
O vice-presidente americano disse que os Estados Unidos vão continuar esforços para uma solução do conflito israelo-palestiniano que inclua a criação de um estado palestiniano.
Washington, disse Biden, está disposta a dialogar com o Irão mas continuará a desenvolver esforços para pressionar e isolar o Irão se o seu governo se recusar a abandonar o seu programa nuclear.
Antes de Biden falar o Secretário-geral da NATO Hoop Scheffer criticou alguns dos membros da organização por se recusarem a aumentar o número das suas tropas no Afeganistão.
Scheffer não mencionou nenhum país em particular mas disse "não ser bom para o equilíbrio político" da organização se Washington continuar a ser responsável pela maior parte do "peso militar" enquanto alguns aliados europeus reivindicam mais voz dentro da organização.
Durante a conferência o vice-presidente americano deverá reunir-se em separado com dirigentes e representantes da Alemanha, Polónia, Ucrânia, França, Grã-Bretanha e da NATO.