Zimbabué: Novas Iniciativas dos Estados Unidos na ONU

Uma alta entidade oficial do Departamento de Estado americano, afirmou que a administração Obama está a tomar em consideração novas iniciativas nas Nações Unidas para se conseguirem mudanças democráticas no Zimbabué.

Entidades oficiais da administração Obama partilham o cepticismo da administração anterior acerca das hipóteses do presidente do Zimbabué Robert Mugabe vir a aceitar uma verdadeira partilha do poder com a oposição. As mesmas fontes acrescentam que a Casa Branca está a tomar em consideração novas iniciativas junto do Conselho de Segurança da ONU para a aplicação de sanções a Harare de modo a acelerar a mudança no Zimbabué. Durante a administração Bush a Rússia e a China, que dispõem de direito de veto, bloquearam a aprovação das sanções.

Contudo a nova administração americana espera que a mudança de equipa em Washington e o facto da África do Sul já não dispor de um assento no Conselho de Segurança possam alterar a situação.

Apesar das notícias de que o líder da oposição Morgan Tsvangirai estava a pensar de nono em participar num governo de unidade com Mugabe, o porta-voz do Departamento de Estado Robert Wood afirmou que Mugabe não está claramente interessado numa solução equitativa para a crise que se verifica no país acrescentando que ele perdeu a noção da realidade." Assiste-se, disse ele, a uma horrível epidemia de cólera no país e só recentemente Mugabe reconheceu a sua existência. Está completamente alienado da realidade no terreno. O seu povo está a sofrer imenso e nós vamos fazer aquilo que pudermos para trabalhar com os países da região para exercer mais pressões sobre Mugabe para que negoceie seriamente", adiantou ainda Wood.

Responsáveis da administração americana afirmam que Washington está a encarar novas iniciativas nas Nações Unidas salientando paralelamente a situação humanitária no país.

A imprensa americana refere que a administração Obama está a pensar em globalizar de um modo eficaz as sanções económicas e de deslocações ao estrangeiro de Mugabe e dos seus assessores, para além de um embargo de armamentos que já está a ser aplicado pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Robert Wood disse ainda que essas penalidades estão a ter um impacto mas salientou que a chave para uma real mudança passa pela vontade de agir dos países da região.