O Ministro dos Negocios Estrangeiros indiano, Pranab Mukherjee, disse que grupos militantes islâmicos, sediados no Paquistão, constituem perigo para todo o mundo e que a Índia exige de Islamabad o desmantelamento permanente das infra-estruturas do terrorismo no seu solo.
O ministro indiano falava numa reunião de diplomatas indianos de 120 países, em Nova Delhi, esperando-se que a reunião tenha por foco o terrorismo internacional e formas de intensificar as pressões diplomáticas sobre o Paquistão.
A Índia afirma que os homens armados que efectuaram os ataques a Bombaim o mês passado eram paquistaneses, treinados pelo grupo radical islâmico, Lashkar-e-Taiba, sediado naquele país. Por sua vez, Islamabad afirma que Nova Delhi não deu provas que indiquem que os ataques foram planeados ou levados a cabo por extremistas sediados no Paquistão.
O Ministro Mkherjee disse que Islamabad está a recorrer ao que chamou de política de subterfúgios .
"Esperamos que o Paquistão cumpra os seus empenhos e promessas de quaisquer formas possíveis" disse o miniastro indiano acrescentando que "como membros responsáveis da comunidade das nações, nenhuma nação pode abandonar a sua responsabilidade para cumprimento das promessas feitas a outras nações".
O Ministro dos Negócios Estrangeiros indiano afirmou também que esforços se devem fazer pela comunidade internacional no sentido de persuadir o Paquistão que a repressão dos extremistas no seu solo não é suficiente ,mas que deve estar preparado a tomar medidas necessárias, por si, para enfrentar a situação.
No rescaldo dos ataques a Bombaim, as autoridades americanas e doutros países visitaram Nova Delhi e Islamabad exortando os responsáveis naqueles países a evitarem confrontações de carácter militar.
As autoridades indianas afirmam que não desejam guerra com o Paquistão. Mas nos últimos dias, as autoridades indianas tem-se manifestado mais enérgicamente.
Por sua vez, o Paquistão tem afirmado estar disposto a cooperar na investigação dos ataques em Bombaim, tendo detido vários suspeitos militantes de uma organização de beneficência que se acredita ser apenas uma frente do ilegalizado Laskhar-e-Taiba. Mas Islamabad tem recusado entregar os militantes à Índia.