O desenvolvimento regional de infra-estruturas, particularmente dos transportes e energia para facilitar o processo de integração económica na África Ocidental é um dos grandes temas debatido numa cimeira regional da Comunidade Económica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental – CEDEAO – realizada em Abuja.
A cimeira de um dia analisou a situação política na Costa do Marfim e Guiné-Bissau, e a melhoria das infra-estruturas na África Ocidental, a região mais pobre do continente africano.
Especialistas afirmam que o processo de integração económica na África Ocidental tem sido retardado por uma pobre situação infra-estrutural. As estradas, os caminhos-de-ferro e os portos existentes, foram na sua maioria construídos durante a era colonial e não estão bem conectados. A idade dessas infra-estruturas tem impossibilitado a rápida circulação de pessoas e bens na região, e em consequência disso, concorrido para o elevado custo dos produtos.
O presidente da CEDEAO MOhammed Ibn Chambas enfatizou a urgente necessidade no reforço dos mecanismos regionais com vista a promover a integração e o desenvolvimento no contexto da crise financeira global.
"Um mercado regional comum de cerca de 300 milhões consumidores com um esquema de liberação do comércio da CEDEAO, no qual seria permitido uma maior circulação de pessoas e bens, pode compensar com a baixa das importações dos nossos produtos para os mercados estrangeiros, causada pela descida da procura global" disse Chambas.
Por sua vez o presidente cessante do Ghana John Kuffour disse que a região tem feito progressos louváveis nos últimos anos e que existem perspectivas de sucessos a longo termo.
"No momento que preparo para abandonar a presidência, posso dizer que vejo o futuro com muito optimismo, porque qualquer um pode constatar, que a nossa região está a avançar enquanto vai respondendo de forma efectiva aos desafios da mudança tanto dentro como fora do continente disse Kuffour
Lideres dos 15 países membros estiveram também a analisar as questões políticas e de segurança, incluindo o tráfico de drogas e o crime organizado.
O chefe da Comissão Africana, Jean Ping e o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento também estiveram presentes nesta cimeira de Abuja.
Os presidentes e chefes dos governos da CEDEAO deverão eleger um novo presidente para dirigir os destinos da organização nos próximos 12 meses.