Destacado Oficial Vítima de Atentado, diz Zimbabwe

O governo do Zimbabwe denunciou o que considerou de tentativa de assassinato do chefe de estado-maior da Forca Aérea, o marechal Perence Sgiri, que teria escapado a uma emboscada, com ligeiros ferimentos na mão. Esta acusação vem na sequência de alegações recentes proferidas pelo governo zimbabwiano, no sentido que militantes do Movimento para as Mudanças Democráticas estariam sendo treinados, no Botswana.

Os meios de informação estatais zimbabwianos reportaram que o marechal da forca aérea, Perence Shiri foi alegadamente alvejado na mão, quando se dirigia para a sua fazenda nas imediações da capital Harare, propriedade confiscada a fazendeiros de raça branca.

Para o ministro do interior Kembo Mohadi , o atentado enquadra-se na esperada onda de ataques contra figuras destacáveis e membros do governo. Mohadi não precisou os detalhes da alegada conspiração.

A onda de criminalidade aumentou nos últimos tempos, na sequência da crise alimentar e monetária por que passa o país.

Recorde-se que o marechal Perence Shiri era nos anos 80, o responsável da quinta brigada do exército nacional do Zimbabwe, quando milhares de apoiantes da oposição, na sua maioria membros da étnica Ndebele foram massacrados por ordens do governo.

O governo do presidente Robert Mugabe tem vindo a acusar o Movimento para a Mudança Democrática de estar a treinar “bandidos” no Botswana, acusações que aquele movimento da oposição desmente.

Enquanto isso prossegue a onda de raptos no Zimbabwe. O mais recente caso teve por vítima o conhecido repórter fotográfico Shadreck Manyere, raptado no fim de semana em Norton, cidade a 30 quilómetros a norte da capital Harare.

De acordo com a esposa Manyere teria ido à cidade de Norton para reparar o seu veículo pessoal, quando foi dado por desaparecido. Posteriormente, disse ela, a polícia deslocou-se posteriormente à residência do foto jornalista, onde confiscou equipamentos de fotografia.

Os advogados que investigam o desparecimento daquele jornalista disseram que o rapto de Manyere assemelha-se ao de trinta outras pessoas, cujo paradeiro continua incerto, isto apesar da policia ter sido mandatado pelo Supremo Tribunal a investigar esses casos.

De entre esses desaparecidos, figuram os nomes do Jestina Mukoko, directora do Projecto Paz e três outros colegas, para além de 23 outros funcionários do Movimento para a Mudança Democrática na oposição.