Segurança das Rotas Marítimas Internacionais

O recente aumento nos ataques de piratas ao largo das costas da Somália aumentou as preocupações sobre a segurança das rotas marítimas internacionais.

Piratas somalis capturaram na ultima semana pelo menos três embarcações, incluindo um superpetroleiro saudita transportando cerca de 100 milhões de dólares de ramas de petróleo.

Os piratas exigem 25 milhões de dólares de resgate pela libertação do navio e da tripulação.

Mais de uma centena de navios foi assaltada este ano, tendo os piratas capturado, a 15 do corrente, ao largo das costas do Quénia, o superpetroleiro saudita, Sirius Star.

As costas ao largo do Quénia e da Somália são palco das mais percorridas rotas marítimas do mundo, com navios transportando petróleo do Médio Oriente e outros produtos a viajar pelo Golfo de Aden e o Mar Vermelho, através do Canal do Suez e do Mediterrâneo, e volta para os portos asiáticos.

Pelo menos dois transitários decidiram modificar as rotas dos seus navios para evitar o Golfo de Aden, desviando-os para rota sul do continente Africano.

James Phillips é um especialista do Médio Oriente, na Heritage Foundation, aqui em Washington.

'Penso que esta decisão irá fazer aumentar os custos das frotas internacionais e aumentar igualmente os custos dos seguros, e estes aumentos serão transferidos para o consumidor.'

A violência civil na Somália contribui para a pirataria, já que o país não tem um governo efectivo há mais de 17 anos.

Unidades navais da NATO, da União Europeia e da Rússia entre outros países patrulham as aguas ao largo da Somália.

Roger Middleton da Chatham House, um instituto de pesquisa com sede em Londres sustenta que a intervenção militar não é suficiente.

'Uma solução de longo prazo terá de ser política. A Somália necessita de um governo, de uma força policial e de um exército, bem como de uma guarda costeira que possa aplicar a lei e a ordem dentro da Somália, e até que tal aconteça, a pirataria vai permanecer como um problema.'

As nações que ficam nas costas das rotas marítimas estão preocupadas com a perda de comércio.

O Canal de Suez constitui uma fonte de divisas estrangeiras para o Egipto, e no ano transacto o canal gerou mais de cinco mil milhões de dólares.