Navios de guerra dos Estados Unidos
encontram-se a caminho a costa da Somália, onde uma embarcação com 30 tanques
de combate e outros equipamentos militares a bordo encontra-se sob controlo, de
piratas.
De facto, a quinta esquadra naval americana
estacionada no Bahrain, recusou precisar o numero de vasos de guerra enviados
para a costa somali.
Mas a porta voz da frota, o tenente Stephanie
Murdock disse que vários navios juntaram-se a fragata USS Howard que já se
encontrava estacionada na região e na vigilância do movimento dos piratas que
se apoderaram do navio de bandeira ucraniana.
'Existem de momento vários navios da quinta esquadra ao largo do navio Faina. Para alem de vigiarem a distancia a embarcação,
eles tem mantido comunicações com a embarcação, portanto estão a monitorizar a
situação.
Cerca de 60 piratas somalis que operam a
partir da cidade Haradere, apreenderam na passada quinta feira um navio de
bandeira ucraniana, que se dirigia aparentemente para o porto queniano de
Mombasa.
A bordo da embarcação encontra-se uma
tripulação de 20 marinheiros, entre russos ucranianos e moldavos, 33 tanques de
guerra T-72 e uma substancial quantidade de granadas, de roquetes e de armas
antiaéreas, para alem de outras munições.
Os piratas exigem pela libertação da embarcação
e respectiva carga e tripulação, o pagamento de 20 milhões de dólares. E o navio encontra-se ancorado a 11
quilómetros da costa leste da Somalia.
Com a autorização dos piratas, Victor
Nikolsky, o imediato da embarcação sequestrada, falou em exclusivo a VOA.
Nikolsky confirmou noticias postas a circular em Moscovo, e dão conta da morte
e devido a causas naturais, do comandante da embarcação, Vladimir Kolobkov.
'Ele morreu de hipertensão. E agora sou eu o
capitão do navio.'
Sabe-se que uma fragata da Rússia encontra-se
igualmente a caminho da costa da Somália e aumentam os receios sobre a
possibilidade do armamento militar a bordo poder vir a cair nas mãos do
ambicioso líder de uma das facções beligerantes somalis, que tem movido uma
sangrenta rebelião contra o governo da Somália, este apoiado pela Etiópia.
O porta voz dos piratas baseado em Haradere,
Sygule Ali disse por seu lado a VOA que o seu grupo não tem intenção de manter
ou de vender o cargueiro ucraniano. Tudo o que queremos, é que o resgate seja
pago, disse aquele porta voz.
O porta voz dos piratas entende que a única
forma de se resolver o impasse e o pagamento do resgate, sob pena de toda a
tripulação da embarcação ser assassinada.
O governo queniano confirmou ter adquirido os
tanques de guerra, armas e munições a bordo do cargueiro no âmbito da
modernização do seu exercito e que o destino final do cargueiro seria o porto
de Mombasa.
Entretanto, Andrew Magura, da Seafares
Assistance Program, uma organização sediada em Mombasa e que se tem dedicado ao
apoio dos homens do mar e a monitorização das actividades dos piratas, falou em
evidencias que sustentam que a carga do cargueiro ucraniano destinar-se-ia,
afinal ao sul do Sudão.
'De acordo com os nossos dados, desde Outubro
do ano passado, quatro navios com a mesma carga dirigiram-se para o sul do Sudão.'
Uma alegação que o governo do Sudão já desmentiu. Cartum nega ter ao longo do ultimo, recebido equipamentos militares do exterior.