O governador do Huambo, António Paulo Kassoma deverá ser o próximo primeiro-ministro, de Angola soube a Voz da América junto de fonte oficial.
Paulo Kassoma viajou quinta-feira de manhã do Huambo para Luanda, a bordo de um jacto da Sonangol, expressamente para receber a informação oficial de que o seu partido decidira apostar nele para substituir Dias dos Santos <Nandó>, primeiro-ministro desde 6 de Dezembro de 2002 .
Kassoma regressou ao Huambo, no mesmo dia, e no mesmo avião.
A escolha do governador do Huambo teria sido ditada pelo desempenho que tem tido naquela província.
Além de ter visto o seu partido conquistar mais de 80 por cento dos votos em disputa, Kassoma, nomeado governador em Abril de 1997, é referenciado também como tendo ajudado a relançar a economia local.
Engenheiro de profissão, Paulo Kassoma nasceu em Luanda há 57 anos. Os pais eram originários do Bailundo. Serviu a Shell e o antigo ASMA, que após a independência de Angola em 1975, derivou para a BCR, Base Central de Reparações, das FAPLA.
Paulo Kassoma foi sucessivamente vice-ministro da Defesa e dos Transportes, ministro dos Transportes e da Administração do Território. É general das Forças Armadas, e membro do Bureau Político do MPLA.
A nomeação de Paulo Kassoma é parte de uma vaga de mudanças ao nível do governo, e do MPLA que deverão abranger a presidência do parlamento, e a vice-presidência do partido no poder.
Fontes do partido no poder disseram à Voz da América que o actual presidente do parlamento, Roberto de Almeida, deverá deixar o cargo para regressar à sede do partido, onde ocupará a vice-presidência em substituição de Pitra Neto, que há muito manifestou o desejo de deixar o cargo após as eleições.
Ao nível do governo é dada como certa também a eliminação do posto de ministro Adjunto do PM, cargo ocupado actualmente por Aguinaldo Jaime. O ministério das Finanças dará lugar ao ministério da Economia que ficará sob o controlo de Manuel Nunes Júnior, secretário do MPLA para a Economia.
Nesta sexta-feira o secretariado do BP do MPLA deveria continuar a passar em revista o processo de formação do próximo governo.