No final do mês que vem, 50 mil pessoas vão estar atentas à Convenção Nacional Democrática em Denver. Entre eles, estarão delegados de todos os estados americanos e 15 mil jornalistas. A cidade onde a convenção acontecerá está se preparando para ser o centro das atenções do país e do mundo durante quatro dias (25 a 28 de agosto).
Depois que o partido escolheu Denver para acolher a Convenção Nacional Democrática, Cameron Moody tomou a liderança do projecto. Este experiente organizador, responsável por quatro convenções presidenciais anteriores, diz que a cidade do oeste americano possui vantagens distintas em relação às outras grandes cidades americanas – uma delas é seu aeroporto grande e novo.
Moody diz que “além disso, a localidade do Centro Pepsi, perto, mas não exactamente no centro, nos deu um sítio óptimo na cidade – e a proximidade dos lotes de estacionamento tornou o local perfeito para o transporte e segurança”.
Denver já acolheu multidões maiores, num mesmo dia, nos seus três estádios desportivos no centro da cidade. Mas a convenção democrática promete ser o maior desafio de segurança de todos, a custar sozinha 50 milhões de dólares. John Hickenlooper, Presidente da Câmara Municipal de Denver, coordena as operações dos funcionários locais, estaduais e federais. Eles procuram principalmente conter, e não reagir de forma exagerada, aos protestantes.
“Como garantirmos que a convenção seja um evento absolutamente seguro ao mesmo tempo em que permitimos as pessoas de se divertirem? Deixamos as pessoas ter sua liberdade de expressão. Esta é a América, entende?” – diz Hickenlooper.
No inicio de Julho, equipas de construção começaram a tornar o Centro Pepsi, normalmente um estádio desportivo, num hall político e num ponto central dos quatro dias do evento. A porta-voz da Convenção Democrática Nacional de Denver, Nathalie Wyeth, diz que o estádio não será nada parecido com o que é hoje.
Segundo ela, “alguns assentos serão retirados, mas não todos. Os camarotes luxuosos verão as maiores mudanças. Muitos dos órgãos de imprensa os transformarão em locais para as transmissões em directo”.
A cidade se comprometeu a acolher uma convenção que leva o meio-ambiente em consideração. Serão usados: energia alternativa para iluminar o estádio; e autocarros híbridos, comboios velozes, e carros económicos para transportar os delegados. O número de empregados da Convenção Democrática e de comités locais é muito menor do que o número de voluntários, como o nigeriano Jones Iziomo, que se ofereceu como voluntário dias depois de ter obtido a cidadania americana em Março.
“Eu estou muito empolgado porque eu estarei entre aqueles que elegerão o próximo presidente americano. Então eu estou muito feliz de estar aqui e de fazer parte desse processo histórico”, disse Iziomo à Voz da América.
Iziomo está entre as 26 mil pessoas que voluntariamente trabalham como motoristas, protocolos e guias, apesar de ser necessários apenas a metade do número em causa. O porta-voz de um comité local diz que ele foi encorajado pela avalanche de ajudas, e diz que o sucesso será calculado no impacto económico, estimado em 160 milhões de dólares – o que ele chama de factor “wow”.
Segundo ele, “na noite de quinta-feira, quando a convenção terminar, ou na sexta-feira de manha, nós queremos escutar os delegados, a imprensa, e todos que aqui estiveram – nós queremos escutar ‘Wow, Denver fez um óptimo trabalho em acolher a convenção. Essa foi a melhor convenção a que eu já fui’”.
Depois de todos os preparativos, todas as atenções vão estar viradas no dia 28 de Agosto ao discurso do senador Barack Obama no estabelecimento desportivo, o Campo Invesco de 75 mil lugares em Miles High. Obama será o primeiro candidato moderno a aceitar a nomeação de seu partido fora do hall das convenções.
