O líder do
Movimento para a Mudança Democrática, Morgan Tsvangirai, rejeitou o apelo da
União Africana para a formação de um governo de unidade nacional no Zimbabwe.
Tsvangirai que não quer participar numa mediação conduzida apenas pelo
presidente da África do Sul, Thabo Mbeki.
Morgan Tsvangirai
disse que a União Africana ao apelar por um governo zimbabueano de unidade
nacional, não tomou em consideração as conclusões de três grupos de observadores
africanos que disseram que a sua volta das eleições presidenciais foi
imperfeita e ilegítima.
"A resolução
endossa o conceito de um governo de unidade nacional sem reconhecer que o MDC,
como o vencedor das ultimas eleições credíveis em 29 de Marco, devia ser
reconhecido como o governo legítimo do Zimbabwe. Um governo de unidade nacional
não resolve os problemas com que o Zimbabwe se confronta ou reconhece a vontade
do povo zimbabueano".
Mais importante
ainda, disse Tsvangirai, a resolução não se refere adequadamente à violência em
curso no Zimbabwe. Disse que na semana passada nove apoiantes do MDC foram
mortos e muitos mais agredidos e forcados a deixarem as suas casas e procurar
abrigo noutra parte.
Tsvangirai
afirmou que negociações sob essas condições não são possíveis e que antes de
quaisquer conversações, a violência deve terminar e os apoiantes do MDC detidos
devem ser libertados. Para alem disso, as milícias e o que chamou de campos de
tortura devem ser desmantelados.
A resolução da
União Africana endossa o presidente sul-africano Thabo Mbeki como mediador para
o Zimbabwe, mas Tsvangirai disse que o MDC tem reservas sobre qualquer mediação
sob os auspícios de Mbeki.