O embaixador americano no Iraque, Ryan Crocker, afirma que a porta está aberta para mais conversações com o Irão sobre a situação no Iraque.
O embaixador Crocker diz-se disposto a efectuar mais conversações com as autoridades iranianas, sob certas condições: “É importante manter conversações com um objectivo e não apenas para realizar mais uma sessão. Por isso, temos que escolher a altura em que pensarmos que irá melhorar a situação e que irá registar-se progresso”.
Durante uma entrevista à rede de TV “CNN”, Crocker disse que a influência iraniana no Iraque está a diminuir, em parte devido a uma série de operações bem sucedidas contra milícias apoiadas pelo governo de Teerão.
Disse aquele diplomata: “O que estamos a assistir é a uma significativa diminuição da capacidade das milícias extremistas porque as forças de segurança iraquianas estão literalmente a dar-lhe caça”.
O embaixador americano foi questionado acerca de uma reportagem publicada pela revista “New Yorker” sobre uma escaladas das operações secretas americanas no Irão.
Crocker disse não ter lido aquele artigo, mas negou a acusação de que as forças americanas esteja a atravessar a fronteira entre o Iraque e o Irão para prender membros procurados da Guarda Revolucionária do Irão, levando-os para território iraquiano onde são interrogados.
Disse Crocker: “Posso dizer-lhe, frontalmente, que as forças americanas não estão a operar através da fronteira com o Irão, quer seja no Sul ou em qualquer outra região!”
O repórter que escreveu o artigo para a revista “New Yorker”, Seymour Hersh, disse à “CNN” não estar surpreendido com os comentários feitos pelo embaixador Crocker. Segundo disse, os diplomatas podem desconhecer um programa que foi aprovado pelo Congresso dos EUA, a pedido do presidente Bush.
Entretanto, ainda não houve reacção oficial por parte da Administração Bush acerca de um novo estudo agora divulgado, elaborado por historiadores do exército americano, sobre erros cometidos durante a primeira fase da guerra no Iraque.