Cuba: Castro Sucede a Castro

A Assembleia Nacional de Cuba escolheu Raul Castro para o cargo de presidente do país, depois de quase 50 anos de chefia por parte do seu Irmão, Fidel Castro.

A Assembleia Nacional de Cuba confirmou a transferência do poder de Fidel Castro para o seu irmão Raul. A decisão oficial foi anunciada durante uma reunião do plenário que escolheu os 31 membros que irão pertencer ao Conselho de Estado, que irá governar o país e que inclui a presidência.

Raul prometeu aos 614 membros daquela assembleia continuar a política do seu irmão, liderando aquela nação comunista.

Raul afirmando aqui aceitar a responsabilidade afirmou, nomeadamente, que lhe foi atribuída garantindo que Fidel nunca será verdadeiramente substituído.

Com 76 anos de idade, Raul Castro tem vindo a desempenhar as funções de presidente em exercício de Cuba desde Julho de 2006, quando o seu irmão transferiu para si temporariamente s chefia do Estado quando foi submetido a uma intervenção cirúrgica aos intestinos. Na semana passada, os meios de comunicação social cubanos, que são controlados pelo governo publicaram uma carta aberta de Fidel Castro, anunciando que não iria recandidatar-se à nomeação para o cargo de presidente por se sentir muito fraco, na sequência da operação a que foi submetido.

No início da sessão, que teve lugar no domingo, os delegados aplaudiram quando o nome de Fidel foi chamado e a televisão nacional mostrou a sua cadeira vazia.

Desde que assumiu temporariamente o poder, Raul Castro tem apelado para um debate nacional sobre as formas de fortalecer o Estado comunista, melhorar a actividade económica e corrigir as desigualdades entre os rendimentos dos cubanos.

Num comunicado tornado público, ontem, a Secretária de Estado Condoleezza Rice apelou ao governo cubano para proceder a uma mudança pacífica e democrática, incluindo a libertação dos presos políticos. Disse Rice que o povo cubano tem o direito de participar em eleições democráticas e de envolver-se num diálogo sobre o futuro daquela nação insular depois do que a Secretária de Estado americana qualificou de “cinco décadas de tirania”.