Cada Vez Maior o Impacto da Al Qaida no Afeganistão

Um comandante das tropas americanas no Afeganistão afirma que a Al Qaida, a partir de bases no Paquistão, está a ter cada vez mais impacto na insurreição no Afeganistão, isto apesar da ofensiva das forças paquistanesas lançadas ao longo da fronteira terem reduzido, este mês, o número de ataques em território afegão:Falando via satélite a partir do Afeganistão, o major-general David Rodriguez, disse que os ataques trans-fronteiriços a partir do Paquistão, em Junho, duplicaram relativamente ao mesmo período do ano passado. Mas, disse ele, isso mudou este mês com uma redução do número de ataques, o que aquele general atribui, largamente, à ofensiva do Paquistão, nas sua áreas tribais, ao longo da fronteira com a fronteira do Afeganistão.

Paralelamente, o general Rodriguez afirma que a Al Qaida conseguiu aumentar o número de combatentes estrangeiros, que infiltrou no Afeganistão, no ano passado, na ordem dos 50 a 60 por cento, mas não forneceu números específicos. Aquele oficial adiantou que os combatentes estrangeiros, ainda assim, constituem uma percentagem inferior a cinco por cento do total de insurrectos no Afeganistão, mas adiantou que o seu impacto vai para além do que os números podem sugerir.

O general Rodriguez disse ainda que os EUA não têm planos para enviar tropas para o Paquistão para ajudar a ofensiva das forças paquistanesas na zona fronteiriça. Admitiu haver uma boa coordenação entre as forças de ambos os lados da fronteira, mas que o apoio dos EUA se faz ao nível do governo central na forma de uma ajuda que ronda os 750 milhões de dólares.

Segundo declarou, os taleban têm sido enfraquecidos nos últimos meses, particularmente no Sul do Afeganistão, depois de terem iniciado, na Primavera, de uma força mais activa do que no passado. Disse Rodriguez que vinte importantes líderes taleban foram capturados ou mortos, alguns dos quais no Paquistão: “Eles foram seriamente atingidos. Por isso, agora, não estarão provavelmente no nível operacional que estavam há anos atrás.”

O general Rodriguez prevê que levará mais dois ou três anos para acabar de formar as novas forças de segurança do Afeganistão, comentando que uma verdadeira segurança também requer progresso no sistema de governação e avanços na economia, bem como uma boa cooperação com as autoridades paquistanesas.