Tratado sobre Forças Convencionais na Europa

Tratado sobre Forças Convencionais na Europa

A Rússia suspendeu a sua participação no tratado europeu de controle de armamento, devido ao que o Kremlin descreveu como sendo circunstancias extraordinárias. Trata-se aparentemente de um sinal sobre o extremar do relacionamento entre as duas partes.

O presidente Putin assinou um decreto suspendendo a participação da Rússia no Tratado sobre Forças Convencionais na Europa, e na declaração o Kremlin refere ter assumido a medida devido a circunstancias extraordinárias que afectam a segurança da Federação Russa e requerem medidas imediatas.

A suspensão não era inesperada já que Putin tinha afirmado anteriormente poder congelar o cumprimento devido ao facto ao que o Kremlin considera ser intransigência da NATO em pontos chave do acordo.

O Tratado sobre Forças Convencionais na Europa rege a instalação de tropas e de equipamento militar no continente, e fora inicialmente assinado em 1990 pela Rússia e os países da NATO.

Foi alterado em 1999 para reflectir as mudanças registadas desde o colapso da União Soviética, exigindo que Moscovo retirasse as suas tropas das antigas republicas soviéticas da Moldavia e da Geórgia.

A Rússia ratificou a versão revista do tratado, e retirou algumas tropas daqueles estados. No entanto a NATO tem-se recusado a ratificar a versão ate que Moscovo proceda à retirada completa das suas tropas.

O porta voz do Kremlin, Dmitry Peskov afirmou que a Rússia não pode continuar a tolerar uma situação em que se encontra a observar o tratado enquanto os parceiros não o fazem.

A Rússia acusa igualmente os Estados Unidos e a NATO de minarem a estabilidade na Europa ao planearem a instalação de um sistema de mísseis de defesa na Polónia e na Republica Checa.

Como resultado da suspensão, o ministério dos estrangeiros russo indicou que Moscovo vai interromper todas as inspecções por parte da NATO de locais militares, e não ira limitar o numero das suas armas convencionais, tais como tanques, artilharia e veículos de combate na Europa.

Todavia o porta voz do ministério dos estrangeiros russo deixou aberta a porta a uma solução negocial do impasse, referindo que a Rússia não é contra o dialogo destinado a resolver um problema, e que Moscovo convidava os parceiros ocidentais a enveredarem por um dialogo a fim de encontrar saída para a situação.

Em Bruxelas, o porta voz da NATO condenou a decisão da Rússia sublinhando que a Aliança lamenta a mesma como sendo um passo na direcção errada.

Alguns analistas militares sustentam que a suspensão é destinada essencialmente ao impasse sobre o sistema de mísseis defensivos, e não devera resultar num aumento das forças militares russas próximo das suas fronteiras.