Trafico de Armas e de Ouro na RDC

As Nações Unidas confirmaram estar em curso a investigação de um alegado caso de trafico de armas e de ouro na Republica Democrática do Congo, envolvendo capacetes azuis da ONU.

De acordo com a organização internacional, Human Rights Watch a guerra civil congolesa, contribuiu para corromper os funcionários locais e tornar mais porosas as fronteiras nacionais, deixando a mercê de qualquer um, os recursos do país.

Grupos de lobistas afectos a Human Rights Watch, organização sediada em Nova Iorque, confirmaram que a primeira denuncia de que capacetes azuis das Nações Unidas estariam envolvidos em esquemas de tráfico de recursos naturais da província de Ituri, na Republica Democrática do Congo, data de há mais de dois anos.

O porta voz da força de manutenção da paz da ONU, no Congo, Kemal Saiki diz que quando a missão soube das acusações em finais de 2005, reportaram imediatamente o caso aos investigadores das Nações Unidas.

Segundo este funcionário, o departamento da ONU, para as investigações internas tem desde então o caso em mãos, que está, por conseguinte a ser investigado.

Carina Tersakian, da organização Global Witness, com sede em Londres diz por seu lado que o leste da Republica Democrática do Congo foi um dos mais violentos e sangrentos campos da batalha inter étnica, durante a guerra civil naquele país.

Apesar de a guerra ter oficialmente sido declarada por finda, com a assinatura do acordo de paz em 2002, os esforços dos capacetes azuis da ONU, para o desarmamento das milícias na região, tem se redundado num insucesso total.

Factores que fizeram do leste do Congo, de acordo com Tertsakian, uma área sem a autoridade efectiva do estado e com um ambiente propicio ao tráfico ilegal.

As vias de transporte são praticamente inexistentes. Existe pouco controlo. As áreas são de difícil acesso e, portanto as pessoas podem fazer mais ou menos o que lhes der na gana. O governo não tem estado a controlar aquela área.

A Human Rights Watch tem acusado os capacetes azuis paquistaneses, ao serviço da ONU de envolvimento no tráfico ilegal de ouro tal como de armamentos para as milícias locais na cidade de Monwalu, no leste da Republica Democrática do Congo.

Entretanto, os investigadores das Nações Unidas evitam fazer comentários a propósito do caso, isto até que as investigações sejam concluídas, e espera-se que seja nas próximas três semanas.

A missão da manutenção da paz das Nações Unidas, na Republica Democrática do Congo é a maior missão do género da ONU, no mundo e envolve mais de 17 mil capacetes azuis de cerca de 50 países.

No inicio do ano o Conselho de Segurança das Nações Unidas, estendeu a presença daquela missão, por mais um ano.