Mais de Meio Milhão de Eleitores

Os leste timorenses foram às urnas para elegerem o sucessor do presidente Xanana Gusmão, o respeitado líder da independência de Timor Leste.

Mais de meio milhão de eleitores estavam recenseados nas 700 assembleias de voto do país, na presença de 2000 observadores nacionais e 200 internacionais.

Oito candidatos apresentaram-se as eleições presidenciais timorenses: Francisco Guterres “Lu-Olo” (presidente do parlamento e da FRETILIN); Avelino Coelho da Silva (líder do Partido Socialista Timorense); Francisco Xavier do Amaral (fundador e primeiro presidente da ASTD); Manuel Tilman (secretario - geral da formação monárquica KOTA); Lúcia Lobato (deputada pelo Partido Social Democrata); José Ramos Horta (primeiro-ministro de Timor Leste desde oito de Julho de 2006); João Viegas Carrascalão (presidente da UDT); e Fernando “Lasama” de Araújo (presidente do Partido Democrático).

Francisca Freitas manifestou a esperança de muitos leste timorenses quando depositou o seu voto num dos oito candidatos presidenciais numa assembleia de voto em Dili.

Ela afirmou estar extremamente feliz com as eleições porque espera que elas ponham fim a violência e tragam estabilidade para o pais.

A porta-voz da Missão das Nações Unidas em Timor Leste, Allison Cooper, afirmou que pouquíssimos actos de violência foram reportados.

“Ate agora, as noticias dão conta de que o acto eleitoral decorreu sem quaisquer grandes incidentes de violência ou intimidação”.

Mais boletins de voto tiveram de ser enviados por helicópteros e camiões das Nações Unidas a 11 dos 13 distritos de Timor Leste. Cooper disse que a falta de boletins de voto registou-se porque o numero de votantes excedeu as expectativas.

O vencedor das eleições presidenciais leste timorenses terá de obter mais de 50 por cento dos votos para evitar uma segunda volta com o segundo candidato mais votado dentro de 30 dias.

O laureado com o Prémio Nobel da Paz e actual primeiro-ministro José Ramos Horta, considerado o candidato favorito a vitoria, afirmou que aceitara a vontade do povo.

“Seja qual for o veredicto do povo, eu respeitarei. Se o povo decidir que eu me deva retirar depois de estar mais de 30 anos ao seu serviço, estarei mais do que agradecido. Se decidirem que eu carregue novamente outra cruz por mais cinco anos, também aceitarei”.

Francisco “Lu-Olo” Guterres, o popular candidato do partido FRETILIN, acredita que estas eleições irão trazer ao país uma nova era de estabilidade.

“Lu-Olo” disse que as eleições oferecem uma nova oportunidade de paz e liberdade para o povo leste timorense e ajudarão a construir um melhor futuro para o país.

Os leste timorenses votaram a favor da independência em 1999, após dois séculos de colonialismo português e 25 anos de ocupação Indonésia.

Uma força de manutenção de paz liderada pela Austrália entrou no ano passado no país a pedido do governo, tendo estabelecido uma calma relativa, após uma onda de violência gerada pela passagem compulsória a disponibilidade de um terço dos efectivos das forças armadas timorenses.