Erradicar a Poliomielite do Mundo

Está em prosseguimento a campanha para erradicar a poliomielite do mundo, assim como foi feito com sucesso no caso da varíola. As metas iniciais não conseguiram ser atingidas, e houve mais de um adiamento. Mas os responsáveis pela coligação internacional acham que o esforço vai ser bem sucedido, apesar dos obstáculos.

ANA- A Nigéria continua em primeiro lugar em número de casos de pólio no mundo. Nos últimos dias, foram registados 2 novos casos da doença. Entre os dias um e 4 do março próximo foi realizada mais uma campanha de vacinação em nível nacional. Em segundo lugar no mundo vem a Índia, onde nos últimos dias foram registados cinco novos casos de pólio. No inicio de fevereiro foi realizada uma campanha de vacinação em nível nacional, e no dia 11 de março próximo a Índia vai efectuar uma campanha suplementar nos Estados mais infectados, Uttar Pradesh e Bihar.

RENATO - Um dos obstáculos enfrentados pela campanha para acabar com a pólio é a resistência de certos lideres religiosos e comunitários. Assim, por exemplo, nas ultimas semanas, os pais de 24 mil crianças numa remota região do Paquistão recusaram que seus filhos fossem vacinados, devidos aos rumores de que a vacinação é um complô dos Estados Unidos para esterilizar as crianças. Em um de seus sermões, o clérigo muçulmano Maulana Faz-lu-llah afirmou: “Não vejo porque os estrangeiros viriam aqui nos ajudar quando eles estão a matar muçulmanos no Afeganistão e no Iraque”. Falullah utiliza uma estação de radio FM para transmitir diariamente sua mensagem contra a vacinação antipólio.

ANA - A situação se complicou depois que um dos responsáveis pela campanha de vacinação, Abdul Marwat, foi morto pela explosão de uma bomba que atingiu o seu carro. Os trabalhadores de saúde do distrito da Bajaur entraram em imediatamente em greve para protestar contra a falta de segurança. Um dos grevistas disse que ele e seus colegas estão amedrontados e querem fazer ouvir sua voz pelo governo a fim de que possam trabalhar com maior tranquilidade.

RENATO - As autoridades paquistanesas procuram minimizar a importância dos protestos e lembram que, apesar de tudo, 32 milhões de crianças do pais foram vacinadas nos últimos tempos. É certo também que nem todos os religiosos têm se colocado contra a campanha.

ANA - Falemos agora, Renato, da situação financeira da campanha de erradicação da pólio. Organizar e levar avante uma campanha das proporções da que a coligação internacional vem fazendo para eliminar a pólio do planeta custa muito dinheiro. Nos últimos 19 anos foram investidos 5.3 biliões de dólares neste esforço gigantesco. Não esmorecer, e manter o fluxo de financiamento em ritmo regular.

RENATO - No mês de Março, os doadores internacionais deverão contribuir com mais 100 milhões de dólares para cobrir as despesas do primeiro semestre. Calcula-se que no período 2007-2008 o total de fundos necessários para custear a campanha será de 575 milhões de dólares.

ANA – A Namíbia registou os primeiros casos de cólera no país: seis pessoas adoeceram em cidades próximas à fronteira com Angola, que tem estado a enfrentar desde o ano passado um forte surto da doença. O Secretário da Saúde da Namíbia, Kalumbi Shangula, disse que dos seis casos constatados de cólera, cinco se originaram de Angola. A cólera é uma infecção intestinal potencialmente fatal causada pelo consumo de água contaminada.

RENATO – Cada dia, Ana, surge uma versão diferente sobre como perder peso. Um estudo publicado aqui nos Estados Unidos no periódico especializado Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism procura demolir o mito de que o meio mais eficiente de perder tempo é seguir uma dieta e também fazer exercícios físicos.

ANA - A equipa do Centro de Pesquisas Biomédicas de Baton Rouge, Lousiana, chefiada pelo Doutor Leanne Redman, disse que para que haja perda de peso é preciso que o número de calorias que uma pessoa consome todos os dias não exceda o numero de calorias queimadas pelo metabolismo ou pela atividade física. Mas não importa que a redução das calorias seja feita mediante dieta ou queimada com exercícios físicos.

RENATO - Os participantes do estudo que se limitaram à dieta perderam o mesmo peso que o grupo que seguiu uma dieta e, ao mesmo tempo, fez exercícios.

ANA - À primeira vista, Renato, isso parece uma boa noticia para os preguiçosos que não gostam de se movimentar. Mas o Doutor Redman adverte que a conclusão do estudo que ele e seus colegas realizaram só se refere à questão da perda de peso. Existem, no entanto, outros motivos que recomendam fazer exercícios, como, por exemplo, ficar em forma, ganhar flexibilidade, diminuir o risco de problemas de coração e diabete, e até prevenir certas formas de cancro.

RENATO - E da Grécia, Ana, nos chega a noticia de que fazer uma sesta depois do almoço é bom para a saúde. O estudo foi realizado pela Faculdade de Medicina de Atenas, com o patrocínio do governo e com financiamento parcial pelo programa “A Europa contra o Cancro”, da Comissão Européia.

ANA - O estudo foi o mais amplo feito até agora sobre o assunto. Partiparam dele 23, 661 homens e mulheres, de idades entre 20 e 86 anos, num período que se estendeu por cinco anos. A conclusão dos médicos gregos foi que dormir uma meia hora depois da refeição todos os dias pode encurtar em 37 por cento o risco de problemas de coração. A hipótese dos pesquisadores é de que a sesta diária ajuda a diminuir o estresse.