O Cessar Fogo Provisório Expira Hoje

O prazo limite para que o governo ugandês e o grupo rebelde do Norte do país renovem o cessar-fogo provisório que expira hoje.

Ambos os lados, acusam-se mutuamente de se recusarem a retomar as conversações de paz, das quais deveria sair um acordo de paz permanente.

O governo ugandês e o Exército de Libertação do Senhor deveriam ter revisto o acordo de cessação das hostilidades que assinaram no ano passado, na esperança de que dessas conversações saísse um acordo de paz permanente.

Mas, as conversações, que foram iniciadas na cidade de Juba, no Sul do país, em Julho do ano passado, estiveram sempre em risco de fracassar o que, eventualmente, veio a acontecer.

Não é claro o que irá acontecer ao acordo ou às conversações de paz depois desta quarta-feira, o prazo limite para ambas as partes o renovarem.

O porta-voz dos rebeldes, Obonyo Olweny, descreveu a situação aos microfones da VOA.

“O cessar-fogo, o acordo sobre a cessação das hostilidades, continua válido. Por isso, as duas forças, as do exército ugandês e as dos rebeldes estão ainda obrigados a respeitar a cessação das hostilidades. Mas, então, temos de continuar a pressionar no sentido das conversações serem retomadas”.

Mas noticias postas a circular citam um destacado elemento dos rebeldes afirmando que o seu grupo não irá renovar o acordo de cessar-fogo.

O conselheiro presidencial, John Nagenda acusa os rebeldes de não quererem voltar tão cedo à mesa das conversações, adiantando que se estes não o fizerem as conversações estarão dadas por terminadas, o mesmo acontecendo ao cessar-fogo.

“A razão porque há um cessar-fogo é porque as conversações se estavam a desenrolar. Se os rebeldes abandonarem o processo, como é que poderemos esperar que o cessar-fogo continue”.

Tanto o Exército de Resistência do Senhor como o governo ugandês estão perante um impasse no que toca às conversações.

Os rebeldes acusam os negociadores de serem parciais e dizem estar na disposição de manter conversações no Quénia, na África do Sul ou em qualquer outro local que não seja a cidade de Juba, no Uganda, enquanto o governo insiste que Juba é o local onde as negociações deverão ter lugar.