A Política dos Estados Unidos na Somália

A secretária de Estado adjunta para os Assuntos Africanos, Jendayi Frazer, esteve terça-feira no Congresso a defender a política dos Estados Unidos na Somália. Em Dezembro, forças somalis apoiadas por tropas etíopes correram com o governo islâmico que tinha ganho o controlo da maior parte do pais no ano passado. Após o derrube dos islâmicos, os Estados Unidos tem oferecido apoio ao governo de transição somali que controla agora o país a partir da sua capital, Mogadiscio.

Jendayi Frazer foi fortemente interrogada por senadores que queriam ser clarificados sobre a política da administração na Somália.

O senador Russ Feingold começou por perguntar a Frazer porque e que a administração Bush não tinha cumprido um prazo limite do Congresso para submeter um plano para a estabilização da Somália. Jendayi Frazer respondeu assim:

“O que estamos a tentar fazer é desenvolver, como o senhor e o Congresso pediram, uma estratégia global. Deixe-me lhe dizer que a construção de uma estratégia global está actualmente a responder aos acontecimentos no terreno e a implementar as estratégias que colocamos”.

O senador Feingold sugeriu a nomeação de um enviado especial dos Estados Unidos a Somália para tornar claro que os Estados Unidos tem interesse em ajudar a Somália a estabilizar e a ajudar a gerir a política no terreno.

Frazer respondeu que para ela a sugestão não faz sentido.

“A razão pela qual estou hesitante, e está-me a ver hesitante, é que não compreendo porque é que quer dar a entender ou sugerir que a secretaria de Estado, que está activamente envolvida numa base diária com a Somália e é uma destacada diplomata do nosso governo, não continue a desempenhar esse papel principal”.

Outros peritos que testemunharam na audição do Subcomité para os Assuntos Africanos afirmaram que a Somália é um estado frágil. As tropas etíopes começaram a retirar-se do país e a União Africana está se a preparar para enviar uma força de manutenção da paz enquanto o governo de transição somali em Mogadiscio luta para manter o controlo do país.

O analista político Ken Menkhaus, um perito sobre África, advertiu que a Somália será temporariamente mais vulnerável no intervalo entre a partida das tropas etíopes e a chegada dos soldados da União Africana.

“A situação em Mogadiscio é tensa, é frágil, está se a deteriorar, a Etiópia esta parcialmente a retirar as suas tropas. As boas noticias são de que a Etiópia ao retirar as suas forças estáa a eliminar o principal alvo para um ataque de insurrectos, as más noticias são o risco de deixarem um vácuo.”

Entretanto, na Somália, funcionários governamentais deram inicio esta semana a uma serie de conversações com lideres religiosos e tradicionais numa tentativa para preparar o caminho para uma conferencia de reconciliação mais larga.