O grupo Repórteres Sem Fronteiras anunciou que foram mortos 81 jornalistas em todo o mundo no ano de 2006, o maior número desde sempre registado em mais de uma década.
Vincent Brossel, da organização Repórteres Sem Fronteiras frisou que se trata do maior número de vítimas mortais entre jornalistas, desde 1994: “Quer isso dizer que existe um perigo que é real para muitos jornalistas no cumprimento das suas missões no Iraque, em especial, mas também no México, nas Filipinas, para cobrir acontecimentos sobre o dia a dia das vidas de muitas pessoas”.
O Iraque é o primeiro da lista pelo quarto ano consecutivo, com um total de 64 jornalistas mortos em 2006.
Brossel afirma que o segundo país mais perigoso para os jornalistas, no ano passado, foi o México, onde nove repórteres foram mortos enquanto efectuavam reportagens sobre o tráfico de drogas ou violência social. A Filipinas surge em terceiro lugar, com seis jornalistas mortos.
O porta-voz dos Repórteres Sem Fronteiras afirma que a única notícia a que não foi dada a importância que merecia foi o assassinato a tiro da jornalista russa Anna Politkovskaya, que era uma crítica frontal do presidente russo Vladimir Putin.
Brossel comentou que a comunidade internacional tem revelado lentidão em criticar Putin, acusando-o de ter se ter empenhado o suficiente para punir os assassinos: “Quero dizer, ela foi morta porque os assassinos sentiram que teriam muitas hipóteses em ficar impunes. E porque 21 outros jornalistas foram morto na Rússia desde que o presidente Putin subiu ao poder e ninguém se preocupou em mandar para a prisão os responsáveis. Ficámos extremamente chocados com o assassinato de Anna Politkoskaya e também pelo facto de termos revelado um pouco de cobardia em denunciar os crimes de Putin”.
Outra área nova na cobertura noticiosa é a censura na Internet. Brossel afirma que a organização Repórteres Sem Fronteiras está a acompanhar 30 casos de “bloggers” presos em 2006, o que ultrapassa todas as estatísticas anteriores. Diz Brossel que os piores países a aplicar a censura à Internet são a China, Síria, Irão e Cuba.
Com os olhos postos no Ano Novo, aquele porta-