Ban Ki-Moon Sucede a Kofi Annan

O diplomata sul-coreano Ban Ki-Moon foi empossado no cargo de secretário-geral da ONU, prometendo restaurar a confiança do mundo naquela instituição internacional, afectada por escândalos e disputas entre os Estados membros. O sucessor de Kofi Annan fez saber que pretende ser uma voz activa na arena política internacional.

Durante o seu discurso de posse, aquele diplomata de carreira, de 62 anos de idade, prometeu trabalhar por forma a diluir as diferenças entre os Estados membros quando começar a exercer o cargo de secretário-geral da ONU, a partir do dia 1 de Janeiro. Ban Ki-Moon falou em restaurar a confiança na instituição que vai dirigir: “A minha primeira prioridade será restaurar a confiança, procurando actuar como harmonizador com um medianeiro.”

Falando a jornalistas depois de ter prestado juramento, Ban Ki-Moon disse esperar que a sua missão em restaurar a confiança na ONU não venha a tornar-se numa “missão impossível”.

O novo secretário-geral da ONU respondeu a questões sobre as principais questões globais e regionais que se colocam hoje em dia, revelando que está já activamente envolvido em fazer avançar vários temas.

Ban Ki-Moon disse que a deterioração da situação no Médio Oriente está entre as suas prioridades, com ênfase no conflito israelo-palestiniano.

E advertiu os líderes iranianos ser inaceitável o facto de negarem a existência do Holocausto e os apelos para a eliminação de Israel: “Negar factos históricos, sobretudo questões tão importantes como o Holocausto não é aceitável. Nem é aceitável apelar para a eliminação de qualquer Estado ou Povo. Gostaria de ver este princípio fundamental respeitado na retórica e na prática por todos os membros da comunidade internacional”.

O sucessor de Kofi Annan teve palavras igualmente duras para descrever a tragédia em Darfur e sugeriu que irá continuar a tentativa de Annan em negociar com os líderes sudaneses para inverter o que designou como a deterioração das condições de segurança em Darfur: “O secretário-geral Kofi Annan fez um grande esforço para falar directamente com o presidente Bashir, do Sudão e com outros líderes da União Africana.O sofrimento do povo de Darfur é simplesmente inaceitável. Apesar de intensos esforços, a segurança parece estar a deteriorar-se nos últimos dias”.

Ban Ki Moon disse estar a planear profundas mudanças na vasta burocracia, nos seus primeiros meses em funções e os funcionários tinha inicialmente inclusivamente sugerido que seriam feitas nomeações logo após a cerimónia de posse.

Mas, o novo secretário-geral disse a jornalistas, na quinta-feira, não estar pronto ainda para anunciar nomes. Disse estar apenas certo de que irá escolher uma mulher para o cargo de secretário-geral adjunto, pessoa que irá ficar encarregada de estudar a reforma da vasta burocracia da ONU.