O presidente Bush reuniu-se com elementos de uma comissão especial independente criada pelo Congresso para avaliar a política americana em relação ao Iraque e propor recomendações, que deverão ser apresentadas até ao fim do ano.
O trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudo para o Iraque assume uma importância acrescida, na sequência das eleições intercalares da semana passada aqui nos EUA.
Os democratas obtiveram o controlo das duas câmaras do Congresso na sequência de uma campanha eleitoral alimentada, em parte, pela insatisfação do público relativamente à guerra no Iraque. Os democratas estão a apelar para uma mudança de política e a Casa Branca já disse que está disposta a considerar várias opções.
Ambos os lados estão a aguardar que o Grupo de Estudo para o Iraque elabore uma lista de propostas que possam abrir caminho para um consenso.
O painel é liderado por um republicano, o antigo Secretário de Estado James Baker e um democrata, o ex-congressista Lee Hamilton. Os notáveis que fazem parte do grupo estiveram, na segunda-feira, na Casa Branca para uma conversa com o presidente Bush. Após o encontro, Bush disse aos jornalistas ter-se tratado de um um debate, mas não fez qualquer referência específica acerca das possíveis recomendações que o grupo de estudo possa vir a fazer: “Não foi fazer um julgamento antecipado acerca do relatório da Comissão Baker. Tive muito prazer em reunir com eles. Fiquei impressionado pela qualidade da sua composição. Fiquei impressionado pelas perguntas que fizeram. Eles querem que os EUA tenham sucesso no Iraque, tal como eu quero que assim aconteça.”
O presidente disse estar ansioso em obter o relatório e em cooperar com os democratas para obter o que designou por objectivos comuns. Bush não fez referência directa às exigências feitas por alguns congressistas para um plano concreto para começar a retirar as tropas americanas do Iraque, mas o presidente tornou claro que as condições de segurança no Iraque devem determinar as decisões sobre o nível de tropas no terreno: “Estou em crer que é muito importante para as pessoas que fazem as sugestões que reconheçam que as melhores opções militares dependem das condições no terreno”.
Membros do Grupo de Estudo para o Iraque têm reunido, esta semana, com uma vasta gama de personalidades do governo americano, quer civis, quer militares. Os membros da comissão reuniram-se também com líder democratas no Capitólio e, na terça-feira, falaram, através do sistema de teleconferência, com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
O chefe do Comando central americano, o general John Abizaid, encontra-se, de momento, a efectuar uma visita ao Iraque tendo-se reunido vom o primeiro-ministro Nouri al –Maliki. O general terá igualmente debatido o efeito dos países vizinhos têm na situação no Iraque, numa aparente referência ao Irão e à Síria.