A resolução do Conselho de Segurança que estabeleceu um cessar-fogo entre Israel e os guerrilheiros do Hezbollah no Líbano, apela para uma força conjunta internacional e libanesa de mais de 30 mil soldados a ser estacionada a sul do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira, por forma a manter as granadas-foguete do Hezbollah fora do alcance de território de Israel.
Mohammad Chattah, um conselheiro principal do primeiro-ministro libanês Fuad Siniora disse que as primeiras tropas internacionais deverão começar a chegar ao Líbano dentro de dias, talvez mesmo antes do fim de semana.
Por sua vez, o ministro da Defesa do Líbano, Elias Murr, afirmou a televisão que o exercito libanês começará a instalar-se a norte do rio Litani esta semana, mas acrescentou que os militares libaneses não irão desarmar os guerrilheiros do Hezbollah, porque espera que a milícia xiita deixe o sul do Libano logo que a força internacional se instalar.
A resolução de cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU apela especificamente para que todas as milícias no Líbano sejam desarmadas.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, jurou na segunda-feira que os seus guerrilheiros não serão forçados a desarmarem-se pela intimidação ou pressão.
Falando através da televisão Al-Manar, propriedade do Hezbollah, Nasrallah disse que apoia a instalação do exercito libanês a sul do rio Litani, mas interrogou-se se será capaz de defender o país.
O chefe do Hezbollah afirmou que os seus guerrilheiros obtiveram “uma vitória estratégica histórica” sobre Israel nos 34 dias de combates.
O presidente Bush classificou segunda-feira o conflito como uma derrota para o Hezbollah – um designado grupo terrorista pelos Estados Unidos. Bush acrescentou que o cessar-fogo e a força internacional e manutenção da paz irão retirar ao grupo xiita o controlo do sul do Líbano.