Wolfowitz Confiante na Recuperação Económica de África

O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, acabado de regressar de uma digressão pela Serra Leoa e pela Libéria, manifestou-se optimista acerca das perspectivas económicas para África.

Desde que assumiu o cargo de presidente do Banco Mundial, há 14 meses, Wolfowitz definiu como suas prioridades o combate à corrupção e crescimento do desenvolvimento em África. Nos anos 90, a África Sub-Sahariana retrocedeu economicamente com o número dos africanos, a ganhar um dólar por dia ou menos, a viver na mais absoluta pobreza a duplicar, atingindo os 300 milhões. África sofre também pelo facto de ter 60 por cento dos casos de SIDA no mundo.

Mas, Wolfowitz apontou também para outras tendências positivas. Entre estas, inclui-se a promessa das nações ricas de perdoarem 37 mil milhões de dólares da dívida africana e uma garantia de duplicar o fluxo de assistência para cinquenta mil milhões de dólares a partir do ano 2010.

Quinze países sub-saharianos registaram um crescimento anual de cinco por cento em dez anos consecutivos. E as economias que cresceram mais rapidamente – de Moçambique e do Ruanda – atingiram os oito por cento de crescimento anual.

Wolfowitz vê o progresso africano no combate à corrupção. Disse ele que os líderes estão empenhados em combater a corrupção porque há benefícios tangíveis para o fazer: “Um país que melhora a qualidade da sua governação pode, a longo prazo, quase triplicar o rendimento per capita da sua população. E podem reduzir a mortalidade infantil e o analfabetismo em cerca de dois terços. E é por isso que alguns podem triplicar os dividendos da boa governação.”

África, disse ainda Wolfowitz, pode registar progressos na luta contra a corrupção ao reduzir a burocracia que desencoraja a actividade empresarial: “Em média, lava 64 dias para lançar uma empresa em África, comparado com dois dias no país mais rápido, que a Austrália. Um novo empresário africano necessita o dobro do rendimento per capita para lançar um novo negócio, apenas para pagar as licenças e taxas, comparado com zero de custos para fazer o mesmo na Dinamarca”.

Wolfowitz elogiou os novos governos democráticos, tanto na Serra Leoa como na Libéria, afirmando que merecem um crescente apoio financeiro.