O porta-voz do Departamento de Estado Sean McCormack disse aos jornalistas que Washington não mudou a sua posição segundo a qual Israel tem o direito de se auto-defender.
Sublinhou que essa é a razão porque o governo dos Estados Unidos não apelou por um imediato cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hezbollah no Líbano, que raptou dois soldados israelitas num ataque fronteiriço, gerando uma resposta militar de Israel.
“Não estamos em tempo de marcar calendários a países soberanos que se estão a auto-defender. Certamente que queremos ver a violência terminar, mas os primeiros passos para a violência terminar terão de ser dados por aqueles que provocaram a violência, pelo Hezbollah. Parem os ataques com foguetes. Devolvam os prisioneiros.”
McCormack disse haver intensos esforços internacionais para se encontrar uma solução política para a crise, mas acrescentou que Washington quer que esses resultados sejam, nas suas palavras, “duradouros”.
O porta-voz disse também que uma das coisas em discussão é uma força intencional de paz.
“Existem uma serie de ideias diferentes. Sei que o secretario-geral Annan falou sobre isso. Sei que o primeiro-ministro Blair falou também sobre o assunto. Certamente iremos chegar à mesa de conversações com as nossas próprias ideias sobre como é que isso poderá ser feito”.
O porta-voz acrescentou que os Estados Unidos estão preocupados sobre a assistência humanitária ao povo libanês que descreveu como vitimas cativas do Hezbollah.
“Temos estado em estreito contacto com o governo israelita, o governo libanês e outros governos da região, sobre a ideia de criar corredores humanitários, para que a ajuda humanitária possa ser encaminhada para o Líbano”.
McCormack disse também que a cooperação do governo israelita com qualquer plano humanitário será crucial, devido ao bloqueio naval israelita a costa libanesa.