Dia da Malária em África  Assinalado em Washington

O Banco Mundial promove esta quarta-feira, em Washington, uma iniciativa que visa assinalar o Dia da Malária em África e acima de tudo os progressos conseguidos na luta contra a doença no continente africano.

Representantes do Banco Mundial, nomeadamente o vice-presidente daquela instituição financeira para a Região Africana, Gobind Nankani, da Organização Mundial de Saúde, OMS, da Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, USAID, da Fundação Bill e Melinda Gates, da UNICEF e especialistas africanos da doença entre outros, vão debater os casos de sucesso conseguidos no combate da malária em África.

Há precisamente um ano, o Banco Mundial anunciava a sua estratégia global de combate da malária no Mundo, um programa orçado em quinhentos milhões de dólares americanos e destinado a revigorar campanhas nacionais de luta contra a doença, responsável por sinal pela morte em África, de pelo menos uma criança a cada 30 segundos .

O programa, cujo horizonte temporal de implementação está definido para os próximos dez anos, não constituindo uma iniciativa independente contra a doença, prevê parcerias nomeadamente com a iniciativa “Roll Back Malaria”.

Integrado por 90 membros,, entre personalidades políticas , desportistas, jornalistas e agências internacionais incluindo a Organização Mundial de Saúde, a UNICEF, o Fundo Global, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, a USAID, e a Fundação Bill e Melinda Gates do multimilionário e patrão da Microsoft, Bill Gates, foi lançada em Novembro de 1998, para responder a preocupações de alguns chefes de estado de países afectados pela malária e, em particular, os problemas enfrentados pelas comunidades pobres dos seus respectivos países.

Como metas prioritárias, o Banco Mundial, preconiza através da iniciativa, garantir que os portadores da doença tenham acesso a tratamentos médicos num prazo de 24 horas logo após a manifestação dos primeiros sintomas, facilitar aos grupos de risco, particularmente as crianças com idade inferior a cinco anos e mulheres grávidas, o acesso a mosquiteiros de cama tratados com insecticida ,para além da agilização do acesso das grávidas a tratamentos médicos.

Dezassete países da região sub-Sahariana de África, a saber-se Angola, Benin, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Etiópia, Eritreia, Ghana, Quénia, Mali, Malawi ,Sudão, Tanzânia, Nigéria, Senegal, Ruanda, Uganda e Zâmbia figuram à partida na lista dos potenciais beneficiários do programa.

Quatro projectos foram até então aprovados e encontram-se em fase de implementação, nomeadamente na Eritreia, Niger, Zâmbia e na Republica Democrática do Congo, projectos esses orçados, respectivamente, em 2,10,20 e 30 milhões de dólares. Dez outras iniciativas encontram-se na rampa de lançamento.

A malária constitui uma das maiores preocupações da saúde publica mundial, responsável, por sinal, por mais de um milhão de mortes anualmente e de mais de 500 milhões de casos clínicos anuais em todo o mundo. A doença é, igualmente, responsável pela redução em cerca de um por cento/ano, o crescimento anual do Produto Interno Bruto dos países africanos afectados pela doença.