A administração Bush adverte que os EUA poderão registar o seu primeiro caso de gripe das aves este ano. As autoridades sanitárias e da fauna selvagem estão a intensificar os testes feitos a aves migratórias para detectar qualquer portador do mortífero vírus H5N1 da gripe das aves.As autoridades americanas fizeram testes em cerca de 1600 aves migratórias desde que a doença foi detectada pela primeira vez, há nove anos atrás, em Hong Kong, mas estão agora a aumentar os seus esforços partindo do princípio de que será através da contaminação com as aves selvagens que aquela doença irá entrar nos EUA. A Secretária do Interior dos EUA,
Gale Norton, afirma que é apenas uma questão de tempo até que o primeiro caso da gripe das aves seja detectado: ”É cada vez mais possível que venhamos a detectar o altamente patogénico vírus H5N1 em aves dentro das fronteiras dos EUA, possivelmente ainda este ano”.O plano de detecção prévia relativamente que Norton e os chefes de departamento da Saúde e da Agricultura concordaram em pôr em prática irá colher, este ano, entre 75 mil a cem mil amostras de água e de fezes de habitat de alto risco um pouco por todo o território dos EUA.
Norton afirmou que o ênfase será dado à monitorização das rotas das aves migratórias através do Alasca e sobre o Oceano Pacífico: ”Se as aves migratórias forem portadoras do altamente patogénico H5N1 ou outros vírus igualmente perigosos para os EUA, o mais natural é que cheguem através das Ilhas do pacífico ou do Alasca”.Funcionários americanos aumentaram também os postos de observação das aves que sobrevoam o território central dos EUA, da parte Sul até ao Mississipi e na região do Atlântico Norte, desde o Canadá.
O Secretário da Agricultura, Mike Johanns, afirma que a indústria avícola americana está bem protegida contra a gripe das aves porque os animais são criados em recintos fechados. Mas, de as aves domésticas americanas forem contaminadas, diz ele, as autoridades agrícolas irão actuar rapidamente para anular a ameaça isolando e matando as aves doentes: ”Há circunstâncias em que poderemos usar a vacina para criar um tampão de protecção em redor da área afectada, mas a nossa preferência é sermos muito mais agressivos e erradicarmos simplesmente as aves, eliminando o vírus, desinfectando e literalmente pondo fim àquele foco infeccioso.”
Aquela agência liderada por Johanns tem a seu cargo proteger a indústria avícola americana, que gera 29 mil milhões de dólares por ano. A detecção do vírus H5N1 numa galinha pode afectar gravemente aquele sector . Por isso, o Secretário da Agricultura sublinhou estar apropriadamente preparado para enfrentar qualquer eventualidade e adiantou que é seguro comer carne de galinha, dado que o vírus morre quando a carne é cozinhada.