O Secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, comparou o terror à Guerra Fria, dizendo a uma audiência, no centro-oeste americano, que o país irá necessitar do mesmo nível de perseverança e da ajuda dos aliados e de um longo período de tempo por forma a vencer.
Falando na inauguração de uma biblioteca em memória do presidente Harry Truman, Rumsfeld disse que o falecido presidente que liderou os EUA através dos primeiros anos da Guerra Fria no final da década de 40 e de 50 demonstrou a mesma firmeza e a dedicação de que o país necessita hoje em dia: ”A tarefa dos povos livres era a de nos manteremos firmes, de nos defendermos durante muitas décadas e de confiarmos de que a verdade irá eventualmente vencer. Essa é hoje a nossa tarefa na guerra global contra o terror, na luta contra a violência dos extremistas”.
Rumsfeld reconheceu haver diferenças significativas entre a Guerra Fria e a guerra contra o terror, mas admitiu haver semelhanças suficientes para fornecer lições úteis: ”Ambas as situações requerem que a nossa nação tenha fôlego para uma longa e sustentada luta, pontuada por períodos de conflito militar. Ambas requerem a utilização de todos os elementos do poderio nacional para derrotar o inimigo. Ambos requerem uma transição de planos que foram bem sucedidos em guerras anterior para planos que estejam mais adaptados a esta nova e diferente era. E, acima de tudo, ambas requerem perseverança por parte do povo americano e por parte da sua liderança.”
O Secretário da Defesa americano disse ainda que ambos os conflitos são fundamentalmente ideológicos com um inimigo relativamente mal definido, se comparados com a guerra tradicional.
Rumsfeld disse não haver uma ideia clara sobre quando a Guerra Fria iria acabar, como não há hoje uma ideia precisa sobre quando a guerra contra o terror irá terminar. Mas, adiantou que irá durar ”muitos e bons anos” e que irá requerer ”paciência e coragem”, tal como o presidente Truman, correctamente, previu para a Guerra Fria.