A União Africana vai abordar a questão da estabilidade regional

O Programa Mundial para a Alimentação, PAM está a intensificar os seus apelos em prol da ajuda a milhões de africanos, vitimas da seca e ameaçados pela fome na região do Corno de África. O PAM reiterou o seu apelo, em antecipação da cimeira da União Africana agendada para finais do mês em curso e onde se espera que a situação venha a ser abordada pelos lideres africanos.

Durante a cimeira agendada para os próximos dias 23 e 24 de Janeiro corrente, a União Africana vai abordar a questão da estabilidade regional, suscitada nos últimos tempos pela degradação do conflito na região sudanesa de Darfur.

Para o efeito, o Programa Alimentar Mundial, espera conseguir capitalizar a atenção dos lideres africanos para a já previsível catástrofe humanitária na região do Corno de África.

De acordo com o PAM, cerca de 200 milhões de dólares são necessários, e com urgência, para os programas de assistência humanitária, destinados a cinco ponto quatro milhões de vitimas da seca no Quénia, Somália, Djibuti e na Etiópia.

O porta voz do PAM, Simon Pluess disse que a região está a fazer face a pior seca das ultimas décadas.

‘Vimos que a situação nutricional e de saúde das crianças está a deteriorar-se com rapidez, porque muitos deles apenas têm uma refeição por dia. E vimos também que os animais estão a morrer em grandes números, devido à exaustão e devido à falta de água e de pasto. O nordeste do Quénia, por exemplo é uma região árida. As mulheres e as crianças de tenra idade pedem ao longo das vias, agua e alimentos aos motoristas que passam.’

O Programa Alimentar Mundial esta actualmente a alimentar um ponto um milhão de famintos no Quénia e teme-se que o numero possa duplicar nos próximos meses.

De acordo com o PAM a situação de emergência da região do Corno de África é o resultado de frequentes situações de falta de chuva.

O porta voz daquela agencia da Onu, Simon Pluess chama ainda a atenção para o facto da situação em pelo menos quatro países ser de desespero, com a Somália a ver agravar-se a crise devido a instabilidade e a guerra.

‘Temos a região sul da Somália, onde a situação esta a deteriorar-se rapidamente, com uma estimativa de um ponto quatro milhões de pessoas a necessitarem de assistência humanitária de urgência. A principal causa da situação é a pluviosidade registada entre os meses de Outubro e Novembro do ano passado... A Somália teve por exemplo a sua pior colheita de cereais das ultimas décadas... e temos vistos muitos pastores no sul a serem forcados a concentrarem-se ao longo dos rios, onde ainda existe um pouco de pasto para os animais.’

Para piorar ainda mais a situação, o porta voz do PAM, Simon Pluess adverte que as actividade dos piratas na região, acabaram por condicionar os esforços daquela agencia da ONU, na assistência as vitimas na região, nomeadamente na alteração das rotas de transporte da ajuda de emergência as populações necessitadas.