Especialistas em desertificação constituíram uma nova aliança para combater a degradação dos terrenos e a desertificação em África.
A nova aliança denominada de TerrAfrica, foi formada pelos representantes dos governos africanos, o Banco Mundial, e a Convenção da ONU para o Combate a Desertificação que participam da decima sétima reunião anual da conferência da ONU sobre a desertificação.
Kalonzo Musyoka, ministro do Ambiente do Quénia, acolheu com agrado a constituição do grupo, que referiu vai combater um dos problemas mais sérios que o continente africano enfrenta.
‘A degradação das terras e a baixa produtividade do sector agrícola são razões importantes interligadas com as faltas de alimentos que enfrentam muitas das nações africanas. TerrAfrica representa um modelo novo e colectivo para tratar da desertificação e a degradação dos solos.’
Musyoka manifestou a esperança de que a TerrAfrica possa ajudar os países africanos a aumentar a produção alimentar.
Avalia-se em sessenta e cinco por cento da população do continente é afectada pela degradação das terras, que constitui com frequência e um sub produto das iniciativas dos agricultores em extrair mais dos terrenos.
Todavia quando desbastam terrenos para a agricultura, corte de arvores e outras actividades, a perda da cobertura das arvores com frequência resulta na erosão dos solos que diminui a produtividade, obrigando os agricultores a desbastar mais terrenos para a agricultura e o gado.
O professor prémio Nobel Wangari Mathaai afirmou peremptoriamente que o TerrAfrica deve fazer muito mais do que falar sobre a desertificação, deve trabalhar com os agricultores ao nível dos campos.
‘Não interessa quantas políticas sejam postas em vigor, não interessa quanto se fale nestes forums ... até que seja levado aos agricultores, até que sejamos capazes de acabar com a desflorestação ... até que possamos parar com a destruição das nossas florestas neste ambientes frágeis ... poderemos vir a falar de uma nova TerrAfrica dentro de trinta anos...’
Utilizando o exemplo dos confrontos que ocorreram entre grupos rivais do Vale do Rift, no Quénia, no inicio do ano, o prémio Nobel sustenta que muitos conflitos em África são um resultado directo da desertificação.