Grã Bretanha propôs ao Conselho de Segurança da ONU

Grã Bretanha propôs ao Conselho de Segurança da ONU a aprovação de uma resolução sobre o terrorismo na sua sessão especial durante a cimeira dos lideres mundiais a ter inicio na próxima semana na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

O embaixador da Grã Bretanha junto da ONU, Emyr Jomes Parry disse que a medida antiterrorista vai ser levada à apreciação da sessão do Conselho de Segurança da ONU agendado para 14 de Setembro próximo. Trata-se da primeira reunião ao mais alto nível, envolvendo lideres mundiais no âmbito do sexagésimo aniversario daquela organização mundial.

Pelo menos 170 chefes de estados e de governo deverão participar na cimeira de três dias, para alem dos lideres das 15 nações que integram o Conselho de Segurança da ONU.

O embaixador britânico, Jones Parry disse a Voa que a resolução será um documento apelando às nações a tomarem medidas contra aqueles que incitam o terrorismo.

‘O documento diz que os governos devem esforçar-se para porem cobro as actividades das pessoas que incitam à pratica de actos terroristas. Tão simples quanto isso...’

Alguns países, incluindo os Estados Unidos manifestaram reservas quanto à abordagem de uma questão tão sensível como é o terrorismo.

Um diplomata americano observou que a palavra incitamento num contexto mais vasto poderá colidir com outros aspectos tais como a liberdade de expressão, consubstanciada na constituição dos Estados Unidos.

Mas muitos outros diplomatas na ONU disseram que membros do conselho de segurança, tais como a China e a Rússia manifestaram já o seu desacordo com a medida.

Um outro pais membro daquele órgão da ONU, a Argélia também manifestou as suas reservas a proposta britânica.

Instado a pronunciar-se sobre a necessidade e urgência de mais uma resolução, atendendo as varias já existentes referentes ao terrorismo, o embaixador britânico, Jones Parry garantiu que o propósito da nova resolução é o de colmatar as lacunas deixadas pelas anteriores resoluções.

‘Penso que existem lacunas no mercado, e as lacunas são precisamente aquelas pessoas que incitam ao terrorismo... e um assunto sensível porque concerteza, todos nos respeitamos à liberdade de expressão, mas tem que existir um limite entre a liberdade e o incitamento do terrorismo... e esse o aspecto ao qual nos apegamos.’

O embaixador britânico disse que as negociações em redor da nova proposta de resolução deverão ter inicio ainda hoje, e terão por propósito a adopção de uma linguagem comum que seja aceite por todos os governos, por forma a que os chefes de estado e de governo possam dar a sua aprovação unanime durante a sessão especial do Conselho de Segurança de 14 de Setembro próximo.

A sessão em questão será presidida pelo presidente das Filipinas Gloria Macapagal Arroyo, cujo país ocupará durante o mês de Setembro, a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU.

A reunião, segue-se à sessão da assembleia geral da ONU, que contara com a presença de pelo menos 170 chefes de Estado e de governo e com o discurso inaugural do secretario geral das Nações Unidas, Koffi Annan.