As quotas acordadas para o mês de Junho

Passaram apenas dois meses desde que responsáveis comerciais da União Europeia e da China acordaram, em Pequim, em limitar as exportações de têxteis chineses para a Europa.

As duas partes elogiaram na altura a solução negociada como constituindo um marco nas relações comerciais, e os chineses sugeriram mesmo que seria um exemplo para os Estados Unidos seguirem.

No entanto, as quotas acordadas para o mês de Junho de camisolas, calças, soutiens e outras categorias de têxteis foram já esgotadas. Responsáveis europeus do sector alfandegário já bloquearam a importação de milhões de dólares de mercadoria, deixando alguns retalhistas europeus com falta de mercadoria.

Anja Lorcher uma conselheira comercial junto da Associação de Comercio Estrangeiro, uma organização sediada em Bruxelas, destaca que o acordo de Junho não teve em consideração o ciclo de aquisições dos retalhistas europeus, empresas que vão sofrer por que não têm acesso as mercadorias.

‘As mercadorias foram já pagas, encontrando-se em armazéns, e devem estar nos estabelecimentos na próxima semana. Isto não será possível se nada acontecer no decurso desta semana.’

China gostaria igualmente ver mais exportações suas nas prateleiras europeias. Um editorial no jornal China Daily apela a União Europeia para honrar os princípios de comércio livre.

O artigo vai a ponto de sustentar que a experiência da União Europeia é igualmente útil para os Estados Unidos, onde, destaca o editorialista ... “o proteccionismo está cada vez mais instalado, em particular no sector dos têxteis.”

Responsáveis comerciais dos Estados Unidos e da China tem previsto uma reunião, na próxima semana, em Pequim no âmbito das conversações sobre têxteis.

Washington impôs quotas de emergência nas exportações chinesas de vestuário, após quotas globais terem acabado no inicio deste ano.