O vice primeiro ministro israelita, Shimon Peres manifestou-se optimista quanto ao processo de retirada israelita da faixa de Gaza, cujo inicio está previsto para o dia de hoje.
Expressando um optimismo moderado, Peres não hesitou em considerar que o governo israelita conta fazer face a alguns problemas, possivelmente a violência em Gaza, nos próximos dias e a medida o processo de desengajamento israelita de Gaza, for desenrolando.
‘Poderemos fazer face a alguns problemas. Mas creio que conseguiremos concluir o processo do principio ao fim. E não haverá nenhuma guerra civil. E caso aconteçam escaramuças, deveremos enfrentá-las com cuidado e superá-las.’
O vice primeiro ministro do governo de Israel falava a cadeia de televisão americana CNN, instantes antes das tropas israelitas iniciarem o cerco dos colonatos judaicos em Gaza, a serem evacuados.
Quem igualmente interviu no programa, foi o ministro dos negócios estrangeiros palestiniano, Nasser al Kidwa que admitiu que grupos radicais palestinianos poderão igualmente tentar causar problemas durante a retirada israelita.
‘Nós vamos tentar, dar o nosso melhor, através do dialogo, para travar esses ataques... mas também, deixamos claro, que caso seja necessário vamos ter que por cobro a esses ataques, através da força. Esperamos não ter que agir dessa forma e esperamos que todos as facções palestinianas se mantenham comprometidas aos acordos, no que tange ao cessar fogo.’
Mesmo que os próximos dias venham a ser calmos, o ministro dos negócios estrangeiros palestiniano é da opinião que a evacuação israelitas, dos colonatos judaicos, não é só por si suficiente para a garantia de futuro pacifico na região.
‘Esperamos que após a retirada tenhamos um bom nível de liberdade de movimento das pessoas e bens. Precisamos de acesso facilitado, uma ligação entre Gaza e a Margem Ocidental do Rio Jordão, um elo de ligação entre Gaza e o mundo exterior.’
Mas o ex. secretario de estado americano, Henry Kissinger, disse que, depois do que muitos israelitas consideram de sacrifício, ou seja o desmantelamento dos colonatos judaicos, a responsabilidade de zelar pela manutenção da paz, poderá passar a recair sobre os ombros dos palestinianos.
‘Extremamente doloroso para as pessoas que viveram durante décadas nesses colonatos, serem obrigados agora a retirarem-se por conveniência das negociações, sem que nada lhes seja dado em troca. Do lado árabe, eles terão que entender, que se não houver reciprocidade, através da redução do terrorismo, qualquer processo de paz no futuro tornar-se-á quase que impossível.’
Por seu lado o vice primeiro ministro de Israel, Shimon Peres observou que o desengajamento israelita de Gaza colocou em risco a classe política israelita. Mas com as forças de segurança israelitas e palestinianas a assumirem posições ao longo das áreas em disputa, Shimon Peres garantiu ser a decisão de retirada, sido a mais acertada entre as muitas alternativas, pelo que segundo ele, a historia acabara um dia por dar razão.