O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou a todas as partes para que respeitem os resultados das eleições presidenciais na Guiné Bissau e apelou à comunidade internacional para apoiar a segunda volta.
Numa declaração emitida após o Conselho de Segurança da ONU se ter reunido em Nova Iorque para “consultas” sobre a situação na Guiné Bissau, o presidente deste órgão da ONU, o embaixador francês Jean-Marc de La Sabliére, disse que todos os 15 membros do Conselho tinham manifestado satisfação “pelo modo ordeiro e pacífico” da primeira volta das eleições presidenciais.
Os membros do Conselho de Segurança “congratularam o povo do país e todos os actores políticos, incluindo os partidos políticos, por essa importante demonstração do seu compromisso pela democracia e paz”, disse o embaixador La Sabliére.
O Conselho de Segurança decidiu também apelar a todos os candidatos e partidos políticos para respeitarem o resultado das eleições e para fazerem um compromisso para com a unidade nacional.
As eleições e a tomada de posse de um novo presidente significam que a Guiné Bissau irá “restaurar totalmente a ordem constitucional.
Os países membros do Conselho de Segurança “saudaram” a comunidade internacional pelo seu apoio ao processo eleitoral, destacando, entre outros, o papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, no processo e “pediram que esse apoio seja mantido se uma segunda ronda das eleições se confirmar, de acordo com a legislação e calendário eleitoral”.
Na sua declaração em nome do Conselho de Segurança, o embaixador La Sablière não fez qualquer referência ao pedido do Secretário Geral Kofi Annan para a ONU “fortalecer” a sua presença em Bissau para ajudar as autoridades reforçarem as instituições governamentais e económicas.
Um representante do Secretário Geral está baseado em Bissau e, em Abril, Annan nomeou o antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, como enviado especial para a Guiné Bissau.
Num relatório entregue ao Conselho de Segurança, na semana passada, Annan disse que, quaisquer que sejam os resultados das eleições do fim de semana passado, a Guiné Bissau vai precisar de grande apoio para as autoridades possam consolidar o processo democrático.
No seu relatório, Annan fez notar ao Conselho de Segurança que “o nível de descontentamento social” na Guiné Bissau continua a ser “elevado”.