O presidente GW Bush defendeu o seu plano para promover a democracia e o crescimento económico em África.
Bush convidou cinco líderes africanos para a Casa Branca para tentar mostrar exemplos bem sucedidos da sua fórmula para promover o desenvolvimento e a democracia.
Rodeado por presidentes democraticamente eleitos do Botswana, do Ghana, do Níger, de Moçambique e da Namíbia, Bush falou de um futuro de esperança para um continente africano em dificuldades. Disse, na oportunidade, o presidente americano: ”Todos nós partilhamos um compromisso fundamental em fazer avançar a democracia e a oportunidade em África. E, todos nós, acreditamos que uma das formas mais eficazes de fazer avançar a democracia e dar esperança ao povo de África é através de relações comerciais mutuamente benéficas”.
O presidente Bush saudou a Lei da Oportunidade e do Crescimento Africano (AGOA), iniciativa que liberalizou o comércio entre os EUA e os países que põem em prática reformas económicas e políticas. Bush notou que, em 2004, as exportações dos países da AGOA para os Estados Unidos aumentaram 88 por cento em relação ao ano anterior e que as exportações (excluindo o petróleo) aumentaram na ordem dos 22 por cento. Disse Bush:
”E isso é positivo. É assim que se divide a riqueza. É assim que se encoraja a esperança e a oportunidade”.
O presidente americano falou também de planos do grupo das oito nações mais industrializadas de cancelar mais de 40 mil milhões de dólares de dívidas de algumas das mais pobres nações do mundo junto da comunidade financeira internacional. Dezoito nações estão em posição de ver as suas dívidas anuladas, incluindo 14 países em África.
”Os países elegíveis para este alívio da dívida – disse Bush -- são aqueles que se colocaram na senda das reformas. Estamos em crer que, ao removermos o peso da dívida, que diminui a capacidade desses países, estamos a ajudar milhões de africanos a melhorar as suas vidas e a fazer crescer as suas economias”.
O pacote da dívida faz parte de um ambicioso plano de ajuda que tem vindo a ser promovido pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, o anfitrião da Cimeira dos G-8 a realizar na Escócia, no próximo mês de Julho.
Bush recusou-se a subscrever a maior parte dos aspectos do plano e está a tentar chamar a atenção para todos dos planos que o seu governo já tem em marcha para ajudar os africanos, como é o caso do combate à SIDA e do fornecimento de doações a países que adoptem a democracia.
Os líderes africanos que se reuniram com o presidente Bush na Casa Branca, todos eles são provenientes de países que são elegíveis para participar no novo plano de ajuda, conhecido como a Conta do Desafio do Milénio.
À saída da Casa Branca, o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, aproveitou a oportunidade para chamar a atenção da opinião pública americana para a seca que está afectar o seu país: ”Nós estamos perante uma seca muito severa, em Moçambique, nós estamos a fazer o nosso melhor para resolver esse problema, chamando a atenção para a necessidade de dar apoio a mais de um milhão de pessoas. Mas, a melhor maneira do fazer é nós continuarmos a nossa luta contra a pobreza. Aqui, nos EUA, sentimos que há uma grande simpatia para a nossa causa, abrindo-se possibilidades para obter cada vez maior apoio”
Declarações do presidente Armando Guebuza, depois de se ter reunido, na Casa Branca, com o presidente GW Bush e quatro outros líderes africanos livremente eleitos.