Fazer recuar a malaria

Apesar de alguns progressos registados à escala mundial no combate ao paludismo, duas organizações internacionais anunciaram hoje que os fundos necessários para a luta contra aquela doença continuam a ser escassos.

Segundo a organização mundial de saúde, a OMS e o fundo das Nações Unidas para a Infância, a UNICEF, no seu primeiro relatório sobre o seu programa para ”Fazer recuar a Malária”, esta doença continua a matar anualmente um milhão de pessoas em África, especialmente crianças.

No final de 2004, 107 países com uma população de 3 mil e 200 milhões de habitantes encontravam-se na lista das regiões onde ocorre a transmissão do paludismo.

A África ao sul do Saara é a região mais afectada com cerca de 89% dos casos, mas, a doença também pode ser encontrada no sudeste asiático no pacifico Ocidental e na América do Sul. A doença voltou também a aparecer na Ásia e na região transcaucasiana.

O programa para fazer recuar a malária foi estabelecido com a parceria do banco Mundial, da OMS, da UNICEF e do programa das Nações Unidas para o desenvolvimento o PNUD e tem como objectivo cortar em metade o numero de vitimas da malária até 2010 e noutra metade até 2015. Mas segundo o jornal medico britânico “Lancet” esse objectivo parece agora ser impossível de alcançar. Segundo o relatório agora publicado a malária continua a ser um problema global que tem um impacto inaceitável junto das comunidades mundiais mais desfavorecidas. Para inverter a situação as autoridades sanitárias mundiais dizem que são necessários muito mais fundos do que aqueles que tem sido disponibilizados.

Segundo a OMS são necessários mais de 3 mil milhões de dólares por ano para controlar com eficácia a malária no planeta. Cerca de 2 terços desse montante são necessários só no continente africano. Contudo apenas uma pequena parte daquele dinheiro tem sido disponibilizado até agora.