Os candidatos a postos na Administração Trump preparam-se para no início do ano novo passarem pelo "batismo de fogo" que são as audiências no Senado para a sua confirmação.
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Se é verdade que em muitos casos esses interrogatórios ao vivo são muitas vezes apenas uma formalidade, alguns podem tornar-se contencioso, particularmente quando há informações ou acusações que podem “chumbar” uma candidatura.
Mesmo antes dessas audiências, os candidatos levam a cabo encontros privados com senadores para tentarem eliminar quaisquer dúvidas que possam existir por parte dos congressistas.
O Partido Republicano tem a maioria no senado o que em teoria torna mais fácil que as escolhas de Donald Trump para os diversos postos goernamentais sejam aprovadas, mas não ncessáriamente. Por exemplo a nomeação de Matt Gaetz para Procurador Geral não chegou sequer às audiências púbblicas e este foi forçado a retirar -se dessa nomeaçao após revelações sobre a sua conduta terem tornado claro que mesmo Senadores Republicanos não poderiam aprovar a sua nomeação.
Esta semana Robert Kennedy Jr, nomeado para secretário de Saúde, está a ter encontros privados com senadores para tentar garantir a sua nomeação , no meio a posições muito controversas quanto à eficácia de vacinas e outras temas ligados à saude.
Outros candidatos considerados controversos são Kash Patel, apontado para chefiar a polícia federal o FBI, que ele no passado prometeu dissolver, Tulssi Gabbart, para diretora nacional dos Serviços de Inteligência e que no passado elogiou o agora derrubado Presidente da Síria Bashar al Assad, e Pete Hegseth para secretário de Defesa, envolvido em acusações de abuso de alcool, má adminsitração financeira e agressão sexual.
No fim de semana, Trump foi visto ao lado de Hegseth a assistir a um jogo de futebol americano entre a Marinha e o Exército numa demonstração pública de apoio e se ao princípio havia indicações que Hegseth poderia seguir o mesmo caminho de Gaetz e ter que retirar a sua nomeação, parece para já ter sido evitado.
Ryan Nobles,analista político da cadeia de televisão NBC, disse que na sua opinião “ao contrário do que aconteceu com Matt Gaetz não vai haver mais saídas antecipadas”.
“Vimos Matt Gaetz abandonar o proceso muito rapidamente porque ficou claro que não tinha os votos, (mas) todos os outros nomeados, e há um punhado deles com temas controversos, vão ter as suas audiências, vão ter a oportundade de ter o processo de confirmação, de responder a perguntas numa audiência pública e depois veremos se têm os votos”, disse Nobles, para quem “não há dúvidas que a nomeação de Hegseth está em melhor posição do que há duas semanas atrás, o que quer dizer que os denadores estão dispostos a deixá-lo atravessar o processo mas não há garantia que terá sucesso no final”.
Aquele analista político acrescentou que as audiências privadas de Robert Kennedy Jr. popderão ser cruciais porque “ele é muito controverso mesmo dentro do Partido Republicano” e lembra que com a atenção virada para estes encontros as atenções para Hegseth poderão ser desviadas até às audiências públicas do início do próximo ano.
Sabe-se que os senadores republicanso estão sob grande pressão de apoiantes de Donald Trump para votarem a favor de todas as indicações, sendo mesmo ameaçados de fazerem face a oposição em eleições primárias republicanas se não votarem pelos candidatos propostos
Mas há também que ter em conta os senadores semocratas que são minoria no Senado mas que têm também que ter em conta a sua posição devido à vtoria eleitoral.
Qualquer oposição a um candidato terá que ser bem explicada nos seus círculos eleitorais,
Donna Brazille, antiga presidente do Comité Nacional do Partido Democrata, disse à cadeia de televisão ABC que apesar de estarem em minoria “os democratas têm um papel grande a desempenhar”.
“Podemos não ter os votos, mas eu acredito que os democratas vão garantir que haja contra-peso e controlo, e irão colocar o máximo de perguntas possiveis”, concluiu Brazille.
Na verdade, são essas perguntas de “contra-peso” que everão tornar as audiências no Senado num “lavar de roupa suja” televisionado e ao vivo que muitos americanos não quererão perder.