Um grupo de trabalhadores dos Caminhos de Ferro de Moçambique – Centro (CFM), removeu, nesta terça-feira, 3, uma secção da linha férrea Beira - Machipanda, impendindo a ligação ao Zimbabwe.
A rota é crucial para as importações e exportações dos países africanos do interior, que dependem do porto moçambicano da Beira.
A secção de cerca de três metros de comprimento foi removida na estação ferroviária de Gondola, na província de Manica, onde o grupo esteve amotinado, no início da manhã para se queixar das condições precárias de trabalho na linha de Machipanda, inaugurada há um ano.
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Além de melhores condições de trabalho, eles exigem contratos como efetivos da empresa, alegando promessas feitas pela empresa aquando do arranque das obras de requalificação da linha.
“Sem nenhuma explicação deram um novo contrato de dois meses para assinar, e o nosso futuro está em perigo”, disse Mateus Zacarias, um dos trabalhadores.
Outro disse, no anonimato, que a empresa explorava os trabalhadores, que só conheciam o horário de entrada e nunca de saída, sem o pagamento de horas extraordinárias.
O gabinete de comunicação da empresa CFM não respondeu de imediato ao pedido de comentário enviado pela VOA.
A linha de Machipanda, com cerca 300 quilómetros, foi reintroduzida em 2023, 26 anos depois. Aumentou a capacidade de transporte de passageiros e carga, e é de capital importância para o Zimbabwe.
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