A Aliança Global Para Vacinas e Imunização (GAVI) e o escritório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em São Tomé e Príncipe, avisam que a fraca cobertura vacinal aumenta o risco de surto de epidemias, entre elas o sarampo.
A cobertura contra a difteria, tétano e poliomielite diminuíram em cerca de nove por cento em 2023, mas a maior preocupação prende-se com a imunização contra o sarampo.
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“A proteção contra o sarampo foi severamente afectada com menos de 70 por cento das crianças recebendo a primeira dose da vacina, com apenas uma em cada três recebendo a segunda dose para a proteção total”, revela o representante da GAVI, Emmanuel Bor, alertando para o risco de surtos de sarampo se o país não garantir imunização a mais de 95 por cento das crianças.
Por sua vez, o representante do PNUD em São Tomé e Príncipe, Eric Overvest, alerta para o actual quadro epidemiológico em África, marcado por ressurgimento de varias epidemias.
“O recente reaparecimento das epidemias de sarampo da cólera e da poliomielite em África alerta-nos para a necessidade de intensificarmos os nossos esforços”, diz o representante do PNUD, sublinhando que os países africanos, incluindo São Tomé e Príncipe, devem tomar medidas políticas urgentes para garantir que nenhuma criança fique sem vacinar.
O Governo São-tomense através do ministro dos Negócios Estrangeiros Cooperação e Comunidades, Garrete Guadalupe, lamenta a falta de recursos financeiros para expandir programas de imunização e de sensibilização da comunidade.
“Assegurar um financiamento adequado e continuo é essencial para manter e expandir os programas de imunização”, disse o governante são-tomense, propondo a exploração de novos modelos de financiamento sustentável dos programas de vacinação.
Até o início da pandemia da Covid-19, em 2020, São Tomé e Príncipe era um bom exemplo em África no que toca a cobertura vacinal.