STP: “Não há condições para continuar aqui” diz jovem que sonha com melhores condições na Europa

Motoqueiros na cidade de São Tomé

O presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, disse, na terça-feira, 21, que, neste ano, 25 por cento da população, estimada em 220 mil habitantes, abandonou o país em busca de melhores condições de vida na Europa.

Nos cinco voos semanais entre São Tomé e Lisboa, as transportadoras aéreas asseguram que os aviões partem com mais de 80 por cento de ocupação preenchida.

No próximo sábado, 25, Geraldo Nascimento vai viajar para Portugal. “Não há condições de saúde, educação para continuar aqui”, diz o jovem, que acredita que a implementação do imposto sobre valor acrescentado piora a vida das pessoas.

Quem também está na lista de passageiros do mesmo voo é Tomás Afonso, que vai fazer um curso profissional, quando deveria optar por uma licenciatura tendo em conta que já conclui o 12º ano.

“É a chance que encontrei para sair e não vou desperdiçar”, diz o antigo aluno do Liceu Nacional.

E Gilberto Sousa, mesmo acreditando no potencial do arquipélago, preferiu, há 10 meses, viver em Portugal, porque “aqui a vida também é uma batalha, mas há uma luz no fundo do túnel, o que não conseguimos ver em São Tomé".

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