A Comissão angolana para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (Civicop) está a ser acusada de “tratamento diferenciado” nas investigações aso crimes cometidos em Angola nesses conflitos.
Your browser doesn’t support HTML5
Isto após a televião estatal ter revelado a descoberta de ossadas de várias personalidades da UNITA que terão sido mortas a mando do fundador e presidente da UNITA, Jonas Savimbi.
Para a UNITA, numa declaração da sua Comissão Política "é uma preocupação o desvio deliberado dos propósitos que estiveram na base da criação da Civicop, pois esta foi transformada numa instrumentalidade partidária de arremesso e julgamento público de adversários políticos como inimigos”.
O analista politico Anselmo Kundumula disse que “o que se tem visto nos ultimos dias é um aproveitamento vil e desinteligente, como se a UNITA fosse a única entidade ou partido que tivesse estado envolvida na morte de pessoas”.
“O tratamento é diferenciado”, disse o analista para quem “o MPLA cometeu muito mais crimes ao longo da história”.
“Penso que o espírito desta comissão era para que Angola nunca mais tivesse esse tipo de situações”, disse o analista.
“Os processos históricos devem ser bem tratados”, acrescentou.
O presidente da CASA-CE Manuel Fernandes disse que a as revelações feitas pela televisão pública surgem numa altura em que a UNITA está envolvida num processo para a destituição do presidente João Lourenço.
“Será uma retaliação, será a resposta do governo à iniciativa parlamentarar da UNITA ?", interrogou
A reportagem, disse, “ é muito triste pois remete-nos a uma realidade para os tempos de conflicto”.
“Retira a seriedade de todo o processo que tinha que ser conduzido de forma diferente”, acrescentou.
“Eu acho que o devemos fazer é procurar reformas para reconciliar”, disse.