O Prémio Nobel da Paz deste ano foi atribuído ao activista bielorusso, Ales Bialiatski, um dos fundadores do movimento democrático que surgiu no seu país em meados da década de 1980, os grupos de defesa de direitos humanos, Memorial, uma organização russa, e o Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.
Os vencedores foram anunciados pela presidente do Comité Nobel norueguês, Berit Reiss-Andersen, nesta sexta-feira, 7, em Oslo.
"O comité nomeia indivíduos e organizações que, durante muitos anos, promoveram o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos", disse Reiss-Andersen, acrescentando que os laureados "têm feito um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e abuso de poder".
"Juntos eles demonstram o significado da sociedade civil para a paz e a democracia", concluiu.
Ales Bialiatski está atualmente preso e os organizadores do Nobel pediram que as autoridades da Bielorrússia o libertem.
Logo após o anúncio, a porta-voz da oposição de Belarus afirmou que Bialiatski está detido "em condições desumanas" e o líder da oposição, Pavel Latushko, afirmouque o Nobel reconheceu "todos os presos políticos".
O Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia declarou estar "orgulhoso" por ter sido um dos laureados do Nobel da Paz.
"Manhã com boas notícias. Estamos orgulhosos", escreveu em nota numa rede social.
Por seu ladao, o escritório da Alemanha da organização russa Memorial classificou o prémio de "um reconhecimento do nosso trabalho com os direitos humanos e especialmente dos nossos colegas na Rússia, que sofreram e sofrem ataques e repressões inomináveis".
Os vencedores vão dividir um prémio de quase 1 milhão de dólares e uma medalha de ouro de 18 quilates.