Presidente são-tomense pede empenho colectivo ainda maior para o combate cerrado à pobreza

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Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova

Na sua primeira mensagem como Chefe de Estado por ocasião de um aniversário da Independência Nacional, Carlos Vila Nova aponta ganhos no campo político e desafíos económicos e sociais

“É justo dizer-se que, ao longo destes 47 anos, o país tem conseguido, no plano político, superar os obstáculos surgidos no seu percurso democrático", afirmou o Presidente de São Tomé e Príncipe na sua primeira mensagem por ocasião da celebração de mais um aniversário da Independência Nacional.

Ao assinalar o 47º. aniversário libertação do país do colonialismo nesta terça-feira, 12, Carlos Vila Nova pediu "cerrado combate contra a pobreza" e alertou que “há muito mais interesses colectivos a defender e proteger".

No seu discurso, o Chefe de Estado reconheceu que o país “tem, assim, feito o seu caminho e vem consolidando o seu espaço no panorama internacional como um país respeitador dos princípios e dos ditames da democracia" e que “a nossa história é, na verdade, a história de um país em permanente construção, no plano político, económico e social".

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Fragilidades

Vila Nova enfatizou o quatro de paz social e a notável regularidade da realização de eleições dese 1990, com o país, no plano político, a “superar os obstáculos surgidos no seu percurso democrático", mas lembrou que persistem "desafios e pressões do foro económico e social" após quase meio século de independência.

"Temos de reconhecer que as nossas fragilidades são típicas de nações jovens, mas esse facto não deve inibir a nossa criatividade na busca de soluções próprias, num esforço permanente para contrariar as contingências da insularidade, da pobreza e da tensão internacional. Se a independência significou para nós a faculdade de decidirmos os nossos próprios caminhos e de sermos os únicos protagonistas da nossa história, ela também nos colocou desafios e pressões das mais variadas naturezas", afirmou Carlos Vila Nova, quem apontou a baixa infraestruturação e a fraca capacidade do país na mobilização de investimentos privados.

Com a pandemia e a crise económica mundial, há um novo quadro que, para Carlos Vila Nova, obriga a um "empenho coletivo ainda maior" e a um "esforço apartidário", visando "focar sem a menor distração, a tão desejosa e necessária independência económica para que as expectativas pós-independentistas do povo se tornem realidade".

O Presidente são-tomense pediu mais atenção "às necessidades das famílias, dos trabalhadores" e relembrou que "não podemos nos conformar com o adiamento permanente do sonho do desenvolvimento e de melhoria das condições económicas, habitacionais, sanitárias, educacionais, ambientais e com melhor justiça para o nosso povo".

Em conclusão, pediu um "cerrado combate contra a pobreza, em todas as frentes" e alertou que “ha muito mais interesses colectivos a defender e proteger".

São Tomé e Príncipe ascendeu à categoria de país independente a 12 de Julho de 1975.