O número de palancas negras gigantes em duas zonas de Angola poderá er aumentado para cima das 300 desde o último recenseamento em 2019, indicou membro da Unidade Técnica do Comité de Preservação da Palanca, Engenheiro Pedro Vaz Pinto.
Your browser doesn’t support HTML5
Vaz Pinto falava num workshop sobre “O estado actual de conservação da palanca negra gigante e apresentação da campanha de marcação e captura 2022”.
Vaz Pinto disse que no Parque Nacional de Cangandala “nós tínhamos cerca de 80 animais em 2019,e eu espero que já tenhamos passado a barreira dos 100”, mas fez notar que sem ter os números concretos isso “é uma expectativa não é um resultado”. Quanto à Reserva Natural e Integral do Luando “tínhamos cerca de 200 animais estimativa de 2019 quando fizemos um censo aéreo, neste momento temos provavelmente 200 ou pouco mais”.
Contudo persistem as ameaças ao animal devido à caça furtiva, a aplicação de armadilhas e as queimadas.
Os esforços para preservar a palanca negra gigange são apoiados pela multinacional de petróleo e gás norte-americana ExxonMobil Angola que investe há 13 anos milhões de dólares americanos para apoiar as iniciativas do governo angolano que nas próximas semanas realiza a quinta operação de captura, censo e marcação do antílope.
O director de relações públicas e governamentais, Armando Afonso, garante que a protecção dos ecossistemas é uma das prioridades do programa de responsabilidade social em nos países onde opera.
“A ExxonMobil já investiu mais de dois milhões de dólares em actividades de conservação, prevenção e estudo da palanca negra gigante”, disse Afonso que acrescentou que “desde 2009 o programa de conservação e parceiros tem investido nas operações de captura, marcação e investigação como forma de garantir o rastreio remoto, monitorização para uma melhor compreensão da biologia da espécie, mas também por razões de segurança com objectivo de manter a espécie viva para as futuras gerações”.
A inclusão do ecooturismo é uma das pretensões das autoridades administrativas de Malanje que pretendem mostrar o animal ao mundo, apesar de continuar insegura o seu habitat, disse por seu turno o vice-governador para o sector técnico e infra-estruturas, Angelino Quissonde.
“É necessário melhorar a gestão dos parques com acções de reabilitação de infra-estruturas, o aumento da sensibilização das populações locais para educar, recrutar e formar novos guardiões do animal”, afirmou.